13°Capítulo: Catarina conhece lendas perturbadoras

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Alec passou grande parte da madrugada cuidando de Raphael, depois do incidente que o vampiro teve na cama. Não foi difícil, o menino se comportou bastante, mais do que achava que era possível vindo de alguém tão orgulho feito Raphael. Alec cumpriu sua promessa de contar uma história da escolha de Raphael, o que animou bastante o menino. Alec criava vozes para os personagens, e até mesmo cantou para ele quando já tinha pegado no sono e mostrou sinais de desconforto em seus sonhos.

—Bom dia. –Disse Magnus entrando na cozinha. Alec estava sentado na mesa, com dois cafés recém comprados em sua frente.

—Bom dia. –Alec sorriu, depositando um beijo nos lábios de Magnus. —Café? Acabei de comprar.

Magnus deu um suspiro aliviado, por mais que amasse Alec com todo seu coração imortal não conseguia fazer o mesmo com as coisas que o namorado cozinhava.

Alec riu.

—Meus cafés são ótimos! –Tentou defender-se o jovem caçador das sombras.

—Ótimos se você quiser matar alguém meu amor. –Disse Magnus, dando um gole no café recém comprado na cafeteira do outro lado da rua.

Alec revirou os olhos azuis, ainda rindo.

—Você sempre bebe quando faço! –Revelou Alec, como se estivesse jogando algo na cara de Magnus em meio a uma briga.

—Beber é uma coisa, ser boa é outra, querido! –Magnus estendeu o copo quente um pouco para cima.

—Sempre achei que você evitasse o café, na maioria das vezes só toma chá! –A voz de Raphael pode ser escutada como um sussurro silencioso ao lado do casal.

Magnus e Alec pularam repentinamente, assustados demais para notarem que Raphael tinha um dos dedos na boca.

—Cacete, Raphael! –Gritou Magnus, a mão sobe o peito. Seu coração batia rápido o bastante para ser considerado parado pelas máquinas comuns de sinais vitais.

—Você precisa parar com isso. ‐Disse Alec, um pouco mais baixo que Magnus, mas ainda sim alto o bastante para alguém do outro lado ouvir. —Tipo, agora!

Raphael olhava com curiosidade genuína, como se não tivesse feito aquilo de propósito, os grandes olhos escuros formavam uma semelhança gigantesca com um pequeno coelho filhote.

—Você sabe bem o que fez... –Sussurrou Magnus de forma ameaçadora.

Nos lábios de Raphael surgiu um pequeno sorriso maroto, como se estivesse divertindo se demais com o susto dos adultos. A ponta de seu dedo ainda encostando nos lábios de baixo. Magnus deixou um sorriso dócil escapar.

—Como você pode ser tão adorável? –O feiticeiro cruzou os braços enquanto olhava para o pequeno vampiro sentado de pernas cruzadas na cadeira de frente para Alec. —Principalmente depois de fazer algo que certamente não deveria.

Alec assentiu, concordando levemente com a cabeça.

—Isso é ridículo. –Disse Raphael, os olhos caídos de forma entediada.

Magnus sorriu, e logo em seguida Raphael espirrou outra vez.

—Eu tinha me esquecido disso por algumas horas. –Revelou Magnus, não parecia nada feliz. —Vamos ter que te levar para outro feiticeiro, alguém que tenha especialização em vampirismo.

Raphael negou rapidamente.

—Isso é equivalente a ir em um médico, logo me recuso. –O vampiro cruzou os braços, como se assim pudesse defender-se de qualquer coisa que poderia vir. —E além do mais, estou perfeitamente bem!

Querido Menino -Raphael Santiago Onde histórias criam vida. Descubra agora