O constrangimento maior daquele dia ridículo foi quando Raphael bateu de cara com os trio de ouro, Clary, Simon e Izzy, enquanto ele era praticamente carregado por Magnus até o sofá mais próximo.
—Você está bem? –Izzy arregalou os olhos assim que Raphael conseguiu se sentar.
Raphael fez uma careta, e olhou para Magnus.
—Ele está ótimo! –Disse Catarina no outro cômodo. —Duas horinhas e ele fica novinho em folha!
Raphael deixou a cabeça cair para trás. Sua visão estava completamente cansada, e até mesmo um pouco embaçada depois da tiragem de sangue feita por Catarina. Ele estava visualmente cansado, e podia desmaiar a qualquer minuto.
—Magnus, você não vai acreditar o que os meninos descobriram sobre Karnstein! –Sorriu Clary.
—Você vai surtar! –Izzy bateu palminhas silenciosas, ato que certamente era sinal de empolgação, essa que Magnus estava sendo incapaz de sentir por qualquer coisa que se tratasse de Louis Karnstein.
Magnus fez uma careta discreta.
—Ela foi localizada em um hotel, em Dubai, faz algumas horas. –Contou Simon, um sorriso contente estava em seus lábios.
—Está bem, muito foda. –Disse Magnus um pouco irritadiço. —Mas como isso me afeta?
Simon pareceu não entender.
—Ou melhor. –O feiticeiro autocorrigiu-se, deixando uma expressão irritada amostra no rosto. —Isso me afeta?
—Bom, –Pensou Clary. —Eu acho que não... mas achamos que era importante você saber.
—Por qual finalidade? –Resmungou Raphael, a cabeça ainda caída para trás, deixando claro o quão acabado fisicamente estava.
Simon por um segundo se esquecera da presença de Raphael ali. O caçador das sombras achava estranho o quão próximo o vampiro estava do feiticeiro nas últimas semanas, e aquilo estava arrumando um triplex em sua cabeça.
—Magnus, preciso falar com você... –A voz de Catarina chamou atenção do feiticeiro de olhos amarelos.
Raphael abriu os olhos assim que sentiu Magnus sair de seu lado, mesmo ele estando em pé, Raphael o sentia perto de si. Uma de suas mãos se levantaram rapidamente, pegando no dedo indicador de Magnus, como se daquela forma pudesse impedir a saída do feiticeiro mais velho.
—Vou estar ali do lado... –Sussurrou Magnus, assim que sentiu a mão gelada de Raphael em contato com sua pele.
Raphael negou, como se ele soubesse de algo que Magnus estava longe de descobrir; como se ao ir de encontro com Catarina, jamais voltaria para sua criança novamente.
—Cinco minutos. –Pediu Magnus. —Em cinco minutos estarei de volta, tudo bem? Você não tem com o que se preocupar, Raphe.
Raphael analisou Magnus de cima a baixo, como se ele mesmo fosse um detector de mentiras humano, com a habilidade impressionante de sabe quando mentem para ele. Clary olhou para Raphael, os olhos verdes da jovem ruiva mostravam fúria incompreendida pelo vampiro.
E assim Magnus partiu para o encontro com Catarina na sala ao lado.
—O que você quer de Magnus? –Clary questionou, o olhar dela estava fixo em Raphael. O vampiro ergueu-se uma sobrancelha, cansado demais para entender do que ela estava falando.
Izzy virou para Clary, tão confusa quanto Raphael.
—Do que está falando? –Foi Izzy quem perguntou. Raphael estava sem energia alguma para se quer pensar em poder responder.
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Querido Menino -Raphael Santiago
Literatura Feminina"The monster's gone He's on the run and your daddy's here"