Capítulo Seis

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E ai, vocês deixariam a Claire dar uma lambidinha? kkkkk
Eu talvez deixaria. Talvez >.<

Chegamos no departamento era por volta de das nove da noite, Brendan e Marielle já estavam lá, faltava apenas o Jhon. Quando eu cheguei o assunto deles morreu e eu apenas revirei os olhos, já havia se passado quase duas semanas e o assunto de que eu fui mordida por Claire e quase gozei ainda estava rolando.

— Vocês ainda não superaram isso? — Me servi de café.

— Olha, foi bem surpreendente. — Brendan falou.

— Ela precisava de sangue para lutar, foi apenas isso.

Como foi? Você teve alucinações ou foi só a sensação? — Marielle perguntou.

— Eu não vou falar sobre isso.

— Sobre o quê? — Claire entrou na cozinha.

— Nada. — Empurrei ela para fora, mas como ela era forte, nem precisou muita força, apenas andou e foi me empurrando de volta para a cozinha.

— Estão falando de mim?

— Mais ou menos. Estamos curiosos sobre sua mordida fatal. Não sabia que os vampiros podiam dar prazer ao morder alguém.

— Na verdade nós vampiros ao mordemos podemos transmitir muitos tipos de sentimentos, medo, dor e prazer são os mais comuns, cada um para um determinado momento, mas no meu caso, acho que fui criada com defeito, quando mordo as mulheres apenas transmito prazer a elas, não importa o que eu queira transmitir, elas sempre sentem prazer.

— Quantas você já matou? — Marielle perguntou e Brendan vocalizou para Claire entender.

— Eu não sabia que era possível até querer que a minha parceira sentisse o máximo de prazer que ela pudesse durante uma relação. Isso tem mais de cem anos, mas há pouco mais de uma década eu descobri que também se trata de quanto tempo minhas prezas em contato com a humana.

— Você precisou de quatro mortes para entender isso?

— Eu estou viva a mais de mil anos, acha que sou a mesma vampira de sei lá, dois séculos atrás? Eu sofri mudanças físicas e fisiológicas, fiquei mais forte, mais rápida, mais letal e mais atraente, meus olhos eram amarelos, depois ficaram laranjas e agora são vermelhos e eu nem sei o porquê. A verdade é que as coisas mudam e eu não posso dizer que vou continuar matando mulheres de prazer para sempre, mas posso dizer que não fiz porque eu quis. — Ela foi até a geladeira, pegou um fraco de sangue artificial e colocou no micro-ondas. — Falando em corpo, como está a sua mão, ela melhorou depois da minha lambidinha.

VOCÊ LAMBER A SUA MÃO? — A voz de Marielle apareceu dentro da minha cabeça e eu coloquei as mãos nos ouvidos porque foi muito alto.

— Não grita.

— Cuidado amiga, essa delica aqui pode te matar. — Brendan falou.

— Eu posso, mas não vou. Apenas se for de prazer. — Claire mandou um beijinho no ar e eu apenas soltei um longo suspiro.

— Chega de falar sobre besteiras, sala de reunião.

— Mas eu ainda não...

— Agora! — Impedi Claire de continuar.

Peguei a pasta do novo caso e esperei todos se acomodarem, Jhon foi o último a chegar e sentou ao lado de Claire, que estava tomando seu sangue artificial com canudinho. Coloquei a primeira foto no slide e era a foto de um estudante universitário de vinte anos vestido como um vampiro caricato dos filmes antigos.

— Eu conheci um vampiro na vida real que se vestia assim, maior figura aquele cara. — Clarire falou.

— Este é Howard McDaniels, apaixonado por filmes de terror aos vinte anos, pouco antes da revelação. — Este é Howard agora, um homem de quarenta e cinco anos e deixou sua paixão ir longe demais.

— Ao que parece, ele é o principal suspeito de tentar sequestrar duas mulheres e perseguir seu vizinho. Segundo uma das vítimas ele queria usar elas como moeda de troca para que um vampiro o transformasse. Ele foi preso por um ano e meio e sumiu ao sair da prisão. Ao que tudo indica ele conseguiu o que queria, porque seu vizinho apareceu morto há dois dias e estava sem sangue em seu corpo.

— Ele foi sugado até a morte. — Claire falou e eu tratei de ignorar, mesmo com os outros rindo.

— A primeira coisa que vamos fazer e procurar ele pelo submundo vampírico e... — Claire começou a fazer um som alto com o canudo, enquanto tentava beber o resto do suco. — E a Claire vai ser a nossa... — Ela começou a fazer mais barulho, então eu desci do palanque de apresentação, tirei a garrafa da mão dela e joguei com todo meu ódio no lixo. — A Claire vai ser nossa conexão. — Ela se encolheu na cadeira quando eu dei um olhar mortal para ela.

— Precisamos agir rápido, ele já fez três vítimas em dois dias e não sabemos se ele pode fazer mais.

— Eu tenho uma perguntinha. — Claire levantou a mão.

— Diga. — Revirei os olhos.

— Você acha que todos os vampiros se conhecem?

— Eu sabia que você ia reclamar e então eu pedi para Marielle encontrá-lo na dark web, alegando ser o tipo de pessoa que está buscando o mesmo que ele. — Joguei a pasta com as informações na mesa dela.

— Alimentação duvidosa e assassinato? Eu conheço esse lugar.

— 90% dos vampiros que se alimentam de humanos ilegalmente também.

— Eu acho que confundi esse lugar, parece muito com a casa da minha bisavó. Sabe como é. — Ela deu uma risadinha.

— Você só precisa ir lá essa noite e contar exatamente essa história que está ai.

— Nossa que história péssima, quem escreveu isso? Parece enredo de fanfic escrita por uma menina de treze anos.

— Fui eu quem escrevi isso. — Respondi. — E está ótima.

Eu sou uma vampira anarquista que não gosta de respeitar a lei, eu quero me alimentar quando e aonde for, eu sou um predador faminto e superior a raça humana. — Ela leu com uma voz aguda e bizarra. — Isso é péssimo. Só falta eu me apaixonar pela presa e desistir para sempre de beber sangue.

— Acho que essa vai ser a segunda temporada da fanfic dela. — Brendan falou e todos começaram a rir.

— Muito engraçadinhos, alguém tem uma história melhor?

— Eu posso ser uma gostosa que foi sequestra por humanos, abusada e jogada fora para morrer, então meu criador me achou e teve pena, me transformando em uma vampira, ai eu voltei a vida e comecei a caçar todo mundo que me machucou, mas no meio disso eu me perdi e comecei a ter raiva de toda a humanidade, porque eles não merecem viver e assim eu quero matar o máximo de humanos possível. — Claire falou.

— Baseado em fatos reais? — Jhon perguntou do fundo da sala.

— Há-há... muito engraçadinho. — Claire revirou os olhos. — Mas sim, foi baseada em fatos reais, não meus fatos, mas de outra pessoa.

— Uma prima da amiga da sua irmã? — Brendan com deboche.

—Okay foco! Não importa qual seja a história, precisamos que ele nos leve aoesconderijo deles e as provas, precisamos ligar ele aos assassinatos, paradepois darmos voz de prisão. A missão vai estar em suas mãos, Claire. Nãoestrague tudo.

Delicia de matar (Protagonistas Lésbicas)Onde histórias criam vida. Descubra agora