Capítulo Doze

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— Boa noite, pessoal. — Passei pela porta animada. Todos estavam sentados em suas mesas, log atrás de mim passou Claire, diferente das outras vezes ela estava séria e eu apenas revirei os olhos. — Vou pegar minhas coisas e vamos para sala de reunião em cinco minutos.

— Você está bem? — Jhon perguntou.

— Sim, eu não preciso de uma semana de descanso. — Prontamente respondi.

— Eu não estava falando com você e sim com ela. — Apontou para Claire.

— Own que fofinho, o lobinho está preocupado comigo. — Ela falou.

— É, ela está bem. — Ele virou para sua mesa e voltou a digitar no computador.

— Vamos para minha sala. — A puxei de leve pelo braço e entrei na sala, fechei a porta e as persianas. — Pode agir normalmente?

— Você pediu para eu disfarçar.

— Você não está disfarçando nada, só está agindo de maneira estranha e isso atrai mais atenção.

— Por que não podemos contar?

— Porque trabalhamos juntas e vai ser estranho.

— Não vai, eles não ligam, na verdade eles já desconfiam que estamos transando desde o primeiro dia.

— Não estamos.

— E a culpa é de quem? — Ela se aproximou, segurou meu queixo de leve, invadindo minha boca sua língua, eu não consegui resistir e a beijei, Claire empurrou meu corpo de leve para trás e eu acabei encostando na mesa e fazendo um alto barulho.

Está tudo bem aí, meninas? — Brandon falou através da porta.

— Sim. — Empurrei ela de leve para sair. — Aqui não.

— Esse é o não de quando fizemos na lavanderia ou um não de verdade?

— É um não de verdade e fala baixo. — Coloquei a mão na boca dela, suas presas estavam sobressalentes, então ela abriu a boca e chupou meu dedo indicador de uma maneira que fez meu corpo esquentar. — Para com isso! — Peguei as pastas do próximo caso e sai do meu escritório.

— Está tudo bem, querida? Você está vermelha. — Brandon falou.

— Estou sim. — Respondi com um breve sorriso.

"Vai ser mais difícil do que eu imaginei, eles vão perceber que Claire e eu transamos." — Pensei.

— Uhh... — Marielle fez um som do outro lado da sala e colocou as mãos na boca, enquanto me encarava.

— MARIELLE O QUE EU FALEI SOBRE LER MEUS PENSAMENTOS? — Acabei gritando.

Foi sem querer, as vezes eu não tenho controle. — Ela respondeu em linguagem de sinais.

Então agora vamos contar? — Claire falou no meu ouvido.

— Não! — Falei mais alto.

— Não, o quê? — Jhon perguntou.

— Nada, todo mundo para sala de reunião agora! — Ordenei. Assim que todos entraram e se acomodaram eu peguei os papeis para ler. — Certo, acredito que aqui estejam as informações recolhidas no esconderijo daquele vampiro. — Comecei a ler e não tinha nada a ver com o que havia acontecido.

— Ham... querida, é que, bom... eles passaram essa missão para o esquadrão da polícia vampírica. — Brandon falou.

— Isso só pode ser brincadeira! — Esbravejei. — Isso era um caso nosso e tem humanos envolvidos nisso.

— Isso é verdade, sargento. — O capitão apareceu. — Mas foi minha decisão dar a eles essa missão, eles vão ter mais habilidades e ferramentas para lidar com esse tipo de coisa.

— Mas ainda assim, nós encontramos o caso. Existe um leilão de pessoas para serem usadas como bonecas nas mãos desses vampiros. Quem não nos garante que a própria polícia vampírica não está envolvida nisso.

— Quem nos garante que humanos também não estão envolvidos nisso.

— Estão, porque somos nós que somos vendidos como objetos. — Acabei sendo insubordinada.

— Então acha que minha decisão foi incorreta.

— Sim, eu acho.

— Um esquadrão de quatro pessoas pode lidar melhor com a situação do que uma equipe inteira de vampiros? — Ele falou um pouco mais alto.

— Quantas vezes fizemos missões que ninguém queria só com quatro pessoas? Caçamos oito lobisomens, prendemos vampiros que estavam traficando drogas dentro dos seus corpos, impedimos bruxas de possuírem toda uma cidade com demônios, você quer mais exemplos? porque eu tenho muitos.

— Eu tenho um único motivo que foi o suficiente para decidir que essa missão não seria nossa, isso se tornou pessoal para você.

— Você só pode estar de brincadeira comigo. — Larguei tudo ali, minha arma, meu distintivo. — Quer saber eu estou fora. — Todos ficaram se encarando. — Sinto muito pessoal.

— Okay, vamos todos ficar calmos. Capetão ela não quis dizer isso. — Claire falou.

— Eu quis sim. — Respondi.

— Ela não quis. — Claire me abraçou por trás e colocou a mão na minha boca, depois me tirou do chão. — Ela ainda tem alguns dias de folga, então vamos continuar com eles, voltamos amanhã quando tudo se acalmar. Bom trabalho para vocês.

Ela foi me levando para fora enquanto eu me debatia em seus braços, mas isso não parecia fazer o menor efeito nela. Quando chegamos no estacionamento ela me soltou e se afastou um pouco, ela sabia que viria uma grande explosão de raiva.

— Você está de brincadeira comigo? Me carregar para fora daquela forma? Você acha que tem direito de fazer isso? Você viu o que ele falou? Falou que eu não sei separar o meu trabalho da minha vida pessoal. — Bati o pé no chão.

— Eu meio que concordo com ele.

— Você o quê? — Falei incrédula.

— Bom, é que você está envolvida diretamente nesse caso, sabe, você foi uma vítima, impossível não levar isso para o lado pessoa.

— Eu não estou levando, eu só quero descobrir e acabar com esse leilão, imagina quantas mulheres não passaram por isso.

— Eu também quero. — Ela falou.

— Então por que está do lado dele? — Perguntei irritada.

— Porque não é dessa maneira que vamos resolver as coisas. Você é uma peça importante desse departamento, você como os outros ficaram quando você disse que ia sair? Eu nem estou aqui a tanto tempo, mas já sei que você é a cola que une eles. Vamos fazer o seguinte, esfriamos a cabeça hoje e depois voltamos e tentamos argumentar.

— Argumentar não vai funcionar, você tem razão. — Falei.

— Eu sei. — Ela falou de forma prepotente.

— Então vamos ter que agir.

— O quê? Não! O capetão vai ficar irritado se fizermos isso.

— Tanto faz, vamos buscar informações.

— Você não quer voltar a aquele bar, né?

— Não. Você precisa ir ao dentista de vampiro e aposto que muitos vampiros importantes vão ao dentista, então é lá que vamos ter nossas informações. — Subi na moto. — Vamos, monta e vai pesquisando no google um dentista de vampiro recomendado.

— Isso é sério? — Claire choramingou.

— Sim. Hoje você vai cuidar dos seus dentes e conseguir informações sobre leilões de pessoas. Dois coelhos com uma cajadada só.

Delicia de matar (Protagonistas Lésbicas)Onde histórias criam vida. Descubra agora