CAPÍTULO QUINZE

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A RECONCILIAÇÃO. | Kim Taehyung

Jeongguk me fez sentar no sofá assim que voltamos para o quarto e foi bagunçar suas malas novamente, em busca de seu pequeno kit de primeiros socorros.

Ele se sentou ao meu lado, tomando minhas mãos para limpar os nós dos meus dedos que ficaram feridos e doloridos. Eu poderia me gabar que o resto do meu corpo estava intacto?

Ele passou álcool e deu uma risadinha quando reclamei de dor, antes de cobrir com um curativo. Até pensei em protestar, pois eu queria tomar banho e molharia tudo, mas ele parecia tão empenhado que não quis estragar sua dedicação. Era meu marido cuidando de mim.

— Você não devia ter feito isso. — ele reclamou, se referindo a briga física. O encarei desafiando que continuasse reclamando disso. Hoje não, depois ele podia brigar comigo. — Eu sei, desculpe.

Jeongguk deu um sorrisinho envergonhado, seus olhos brilhando de felicidade. Eu tinha certeza que ele até podia reclamar de eu ter agido tão impulsivamente, cego de raiva, mas ele se sentia satisfeito em perceber que eu tinha defendido nosso amor, nossa ligação. Por defender ele e mostrar que eu me importava. Por afirmar tão abertamente, para quem quisesse ouvir, que ele era meu, assim como eu era dele.

— Obrigado por cuidar dos meus machucados, meu amor. — agradeci tendo seu olhar, ainda desacreditado e assimilando, em mim.

Eu nunca me perdoaria por isso. Por estar vendo, naquele momento, aquele olhar de quem ainda estava tentando acreditar que aquilo era real, que finalmente tínhamos nos declarado um para o outro e estaríamos juntos de verdade a partir dali. Não era pra ter sido assim. Céus, não era!

Jeongguk foi para cima de mim, sentando em meu colo com um joelho de cada lado do meu corpo. Me acomodei melhor no sofá, levei minhas mãos aos seus quadris e apertei cheio de possessão por finalmente tê-lo daquele jeito para mim, comigo podendo lhe tocar sem medo de rejeição. Gguk segurou meu rosto entre as mãos e selou nossos lábios com delicadeza, me encarou nos olhos novamente para ver minha aceitação e eu mesmo fui em sua direção, sugando seu lábio inferior, e ele gemeu manhoso com o ato, em aprovação.

Não demorou para Jeongguk tocar meus lábios com sua língua e no mesmo instante aprofundarmos o beijo. Diferente do beijo na boate, dias atrás, dessa vez havia total consciência e sentimentos na troca. Naquele dia, nossos sentimentos estavam blindados e estávamos confusos, tentando entender o que estava acontecendo e porque das coisas serem como eram. Mas naquele momento, com Jeongguk em meu colo, seus lábios conduzindo tudo com tanta delicadeza e carinho, minhas mãos tocando seu corpo sem malícia, havia saudade. Muita saudade. Amor. Muito amor. E alívio. Um finalmente.

Nos beijamos sem pressa, provando e sugando o sabor um do outro, o sabor das lagrimas que escorriam silenciosas de nossos olhos e se misturavam a saliva; tomando fôlego no meio da bagunça de lábios e língua, na intenção de não quebrar por muito tempo o ósculo até que de fato quiséssemos. Havia tanta fome entre nós dois que eu sentia que poderia beijá-lo até que compensasse todos os anos que perdemos um longe do outro e eu acredito que Jeongguk concordava comigo.

Gguk me encheu de selos antes de relaxar mais no meu colo, afundando o rosto no meu pescoço, os dedos penteando meus cabelos. O aninhei nos braços e o ouvi fungar, coisa que me fez o apertar mais nos braços e beijar seu ombro.

Ficamos naquela posição por um longo tempo, a reconciliação silenciosa e confortável. Não tínhamos mais nada a dizer um ao outro, e se tinha, futuramente diríamos, mas naquele momento nós estávamos focados em recomeçar.

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