CAPÍTULO OITO

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O TURISMO DA FAMÍLIA KIM | Kim Taehyung

A viagem de ida podia ser considerada tranquila.

Não houve desaparecimento, esquecimento, extravio, ou gente hospitalizada.

No máximo rolou um desentendimento aqui e ali, nada demais ou fora do comum quando se tratava da minha família. Na viagem de dois anos atrás, quando fomos para a Suíça, três dos meus tios entraram em uma discussão, virou uma comoção, no final, cinco adolescentes foram esquecidos no hotel e metade da família perdeu o voo de volta. Mas nada novo sob o sol.

E era por isso que tio Eun estava no final da escada do avião com uma lista de chamada em mãos conferindo para ter certeza que TODOS estavam desembarcando. Essa mesma chamada já tinha sido feita seis vezes desde que deixamos Daegu.

— Ele devia fazer essa chamada na boca de um vulcão e marcar presença em todo mundo que pulasse dentro. — Yoongi resmungou ao meu lado esquerdo.

Ele estava com a cara inchada de quem tinha acabado de acordar e com aquele mau humor típico de quem tinha sido forçado a acordar.

Jimin gargalhou alto ao meu lado direito, se jogando em cima de mim e quase me derrubando. Certamente ele estava imaginando a cena e em sua mente era engraçado ver nossa família pulando de um em um para dentro do vulcão.

— Será que os deuses aceitariam essa oferenda? — Ji perguntou tomando fôlego.

— Eles jogariam uma praga na terra. — comentei me equilibrando junto a Jimin.

— Justo. Olho por olho. — Yoon retrucou.

Hoseok, Jeongguk e uma das minhas primas, a Jihye, desceram juntos do avião, cochichando e dando risadinhas, até pararem em nossa frente com as carinhas de pura inocência e olhar sapeca.

O Jeon se aproximou mais de mim, esfregou o rosto no meu peito, apoiou o queixo no local e ergueu o olhar para ver meu rosto. Todos observavam nossa interação com atenção. Alguns muxoxos diziam que estavam achando fofo, outros pareciam dizer "até agora é verdade" e tinha alguém bufando e resmungando baixo, mas esse eu não dava atenção, mas sentia meu ego amaciado.

— O que foi? — perguntei ao Jeon, me segurando para não revirar os olhos com sua encenação exagerada e realista até demais. Ele tinha feito teatro a vida toda na escola, era bom lembrar.

— Meu corpo dói tanto, amor. Me faz uma massagem quando chegarmos no quarto? — ele pediu cheio de dengo.

O encarei com os olhos estreitos e ele me encarou em desafio, um bico nos lábios para não sair do personagem, vendo até onde eu podia sustentar nossa mentira sem fraquejar e reclamar diante da nossa aproximação física.

Certo, se ele queria tornar tudo o mais realista possível, eu faria meu papel direito também. O favor era para mim, certo?

— Claro, meu amor. Farei uma massagem bem gostosa em você com aquele óleo cheiroso. — respondi, deixando um selinho no biquinho que logo se desfez em surpresa.

Jeongguk processou meu ato, claramente ele não esperava minha ação, antes de sorrir todo feliz e satisfeito, as bochechas coradas e fingindo que tudo corria como deveria.

— Eu disse, ele faz tudo que eu quero. — se gabou para Hoseok e minha prima, arrancando suspiros não só deles.

— Eu preciso de um namorado. — Jihye resmungou chorosa. Se tinha alguém na família para eu passar a faixa de solteirão, esse alguém era Kim Jihye.

UM FAVOR POR DOIS| TKOnde histórias criam vida. Descubra agora