26.

813 111 55
                                    

Pov Maiara

- E a gente pode ir andar de cavalo - Falo para o Léo - Tem vários cavalos aqui.

Meu sobrinho me olha sem entender mas continua prestando atenção em absolutamente tudo que eu falo, enquanto toma a sua mamadeira.

- Sua tia Luísa esta atrasada, hoje ela não me respondeu o dia inteiro - Continuo conversando com ele - Eu estou com saudades dela.

- Acho que você precisa parar de desabafar com meu filho - Maraisa fala entrando na cozinha - E fazer o seu.

Reviro meus olhos e vejo Maraisa pegando meu sobrinho para ir fazer ele dormir, já que ela vão ficar um tempo na fazenda da minha namorada. Por incrível que pareça Luísa e Maraisa estão se dando bem, nem parece que ouve briga no primeiro encontro delas, ambas estão se esforçando para ter um bom convívio e está funcionando muito bem, o que me deixa completamente feliz.

- Falando nisso... eu e a Lu conversamos sobre ter a nossa própria família - Falo para minha irmã - Eu disse que queria um filho com ela e...e foi totalmente recíproco.

- Você quer engravidar? - Maraisa pergunta animada - Achei que...você não ia querer isso por agora.

- Eu não queria com o Fernando - Dou de ombros - Com ela as coisas são diferentes.

- Porque você ama verdadeiramente ela.

- E porque ela é o amor da minha vida.

Minha irmã sorri de lado e eu vejo Léo bocejando nos seus braços, mostrando que ele já está com sono. Maraisa deixa um beijo na minha bochecha e sobe para os quartos, me deixando sozinha no cozinha já que eu vou esperar por Luísa.

Faço uns biscoitos para Luísa e fico o tempo inteiro olhando para o relógio, esperando a hora que a loira chega todos os dias. Mas mesmo com os minutos, consequentemente horas passando, Luísa não chega e eu vejo que esta tarde demais para eu ficar esperando a minha loira.

Perto das onze da noite eu subo para o meu quarto e tento ligar Luísa novamente mas ela não atende, o que me deixa mais preocupada ainda.

- Atende, amor... - Falo sozinha - Por favor, me atende.

Todas as minhas ligações vão caindo na caixa postal e eu começo a ficar ansiosa, meu coração começa a bater mais rápido, minhas mãos vão suando e eu automaticamente sinto meu corpo ficando tenso. Continuo tentando fazer contato, percebo que não vão conseguir, eu levanto da cama e pego qualquer blusa no guarda roupas, mas no momento que eu vou procurar a chave do meu carro, eu escuto barulhos do lado de fora da casa e eu desço correndo para ver se Luísa já chegou.

Assim que eu abro a porta da frente, vejo um carro que não é de Luísa e um homem desce e abre a porta e eu vejo a minha loira descendo do carro.

Sinto uma pontada no meu peito, um sentimento ruim ao vê-la saindo do carro de um estranho e tão tarde, sem ao menos me avisar. Fico paralisada e Luísa olha para a porta e assim que nossos olhos se encontram, eu respiro fundo e fecho a porta de entrada devagar, antes de subir para o quarto.

As lágrimas começam a descer pelo meu rosto pela situação e eu pego qualquer pijama no guarda-roupa para dormir em qualquer lugar menos aqui.

- Mai, ele é um amigo - Luísa fala abrindo a porta do quarto - Estávamos até tarde na empresa e eu pedi uma carona.

- Eu vou dormir no outro quarto - Falo com a voz embargada - Não tô com cabeça para discutir com você.

- Bruno é um amigo, Maiara.

- Eu conheço todos seus amigos, Luísa e ele não é um amigo.

- Eu conheci ele quando não estávamos juntas.

O Leilão (Mailu)Onde histórias criam vida. Descubra agora