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{Duas semanas depois...}

Pov Maiara

- Desculpa ter feito você acordar de madrugada - Falo sentando na cama - Você chegou cansada do trabalho.

- Está tudo bem, meu amor - Luísa sela nossos lábios e me ajuda a tirar o sapato - Você é a única coisa importante agora.

- Desculpa...

- Está tudo bem.

Luísa tira a minha blusa de frio e minha calça logo em seguida, além de me deitar na cama e cobrir meu corpo.

Passei mal na madrugada, vomitei, chorei e fiquei muito assustada, mas Luísa como um poço de me paz, me levou as pressas para o hospital. Segundo a minha namorada os médicos disseram que minha imunidade está baixa e que preciso ficar tomando imunizantes, mas a notícia boa é que o bebê está bem e nada disso afetou ele, mas precisamos cuidar para nada acontecer.

Vejo minha namorada arrumando meus remédios, até que ela tira sua roupa e veste seu pijama, antes de deitar na cama e eu me aproximo dela, me acomodando no seu corpo. Deito minha cabeça no seu braço direito e Luísa passa a mão esquerda pela minha cintura, acariciando com a ponta dos dedos.

Levo minha mão para o seu rosto e aliso a sua bochecha, recebendo o sorriso do meu amor.

- Quero que nossa filha seja parecida com você - Falo baixinho.

- Nossa filha? - Ela pergunta rindo envergonhada - Por que você acha que é uma menina?

- Sempre achei que eu seria mãe de menina, e você tem cara de mãe de menina.

- Eu tenho cara de ser mãe de menina?

- Tem...

Luísa sorri de lado e deixa outro selinho na minha boca, antes de me abraçar com força e grudar totalmente nossos corpos. E como ela já estava cansada, a loira dorme em poucos minutos, mesmo que eu ainda já esteja acordada.

Independente do que aconteça, sinto que se no final do dia eu estiver nos braços da minha mulher, eu sinto que vai ficar tudo bem no final, porque eu estou com ela.

Apoio minha cabeça no seu peito e escuto as batidas do seu coração, me acalmando com esse som, até dormir completamente.

///

- Bom dia, flor do dia - Maraisa fala entrando no quarto - Luísa pediu para mim trazer seu café da manhã.

- Não quero você - Resmungo coçando meus olhos - Quero a minha namorada.

- Ela está lá embaixo, chatinha.

- Quero ela.

Maraisa revira os olhos e coloca a bandeija do café da manhã nas minhas pernas e senta do meu lado. Resmungo irritada e tomo meu café da manhã, mesmo querendo Luísa comigo o tempo inteiro.

- Luísa disse que você passou mal ontem.

- Eu senti muita dor e fiquei enjoada - Dou de ombros - Aí fizemos o ultrassom e o bebê está bem.

- Acho que você deveria ficar em repouso absoluto, Mai - Minha irmã explica - Sem pegar peso, sem fazer esforços mais que o necessário e sem pegar o Léo.

- Eu estou bem, já disse isso.

- É para prevenir, Mai...

- Eu já disse que estou bem - Respondo irritada.

Maraisa respira fundo e concorda com a cabeça, antes de deixar um beijo na minha bochecha para levantar e sair do quarto. Tomo meu café da manhã em silêncio, pensando se é normal tanta sensibilidade na gravidez, já que todos a minha volta me tratam como se eu fosse quebrar a qualquer momento e não querem me falar que possivelmente tem algo errado.

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