Pov Maiara
- É perigoso você sair de madrugada, Mai - Maraisa fala preocupada - Está muito tarde.
- Eu sei aonde é a fazenda dela - Nego com a cabeça e pego meu casaco na mão - Não consigo ficar aqui de braços cruzados, esperando sentada.
- Eu não estou dizendo isso - Minha irmã segura meu braço - Eu estou dizendo que é perigoso.
- Eu não consigo ficar aqui...
Coloco meu casaco e pego a chave do meu carro em mãos, saindo do quarto do hotel rapidamente, tudo com intuito de ir falar com Luísa novamente, nem que seja uma última vez. Mesmo na noite fria, eu saio pela cidade em alta velocidade, me importando apenas com Luísa.
Sei que ela não é daquele jeito, sei que ela está magoada e assustada, principalmente pelo ocorrido com a minha irmã. Luísa foi humilhada pelo seu pai, ficou sozinha por muito tempo e eu não duvido nada que quando minha irmã a expulsou da sua casa, que Luísa teve um flashback do passado e por isso correu e agora está fugindo de mim, assim como fugiu da sua família por tantos anos.
Limpo a única lágrima solitária que desce dos meu olho e eu sigo minhas lembranças até a fazenda da loira na pequena cidade. Assim que eu vou reconhecendo o caminho, eu aumento a velocidade e chego em poucos minutos na enorme casa de Luísa.
Quando estou descendo carro, vejo Tina na porta e eu saio correndo para alcançá-la.
- Tina, oi, sou eu - Falo alto me aproximando da mais velha - Luísa está em casa?
Assim que a mulher me vê, parece que está na frente de um fantasma e ela olha para dentro da casa e depois para mim.
- Tina? - Pergunto confusa pela sua expressão - O que...esquece, Luísa está em casa?
- Ela não está bem - Tina fala abrindo a porta - Está bebendo desde o horário que chegou e aí a senhora Larissa está lá dentro.
- Larissa está lá dentro?
- Está...
Fico parada na porta e penso que se ela está aqui é porque Luísa pediu, mas uma voz na minha consciência fala para ir falar com ela, nem que seja para levar um fora.
- Eu posso entrar? - Pergunto tentando disfarçar a voz embargada.
- Pode...
Passo pela mulher e subo as escadas da casa, tentando achar Luísa, até que eu escuto um movimento no meu antigo quarto e eu me aproximo. Vejo Luísa praticamente desmaiada e Larissa segurando seu rosto, beijando ela sem a sua vontade, já que a loira tenta afastar ela com as mãos.
- Eu não quero... - Luísa nega sem força alguma.
- Quer sim - Larissa fala deitando ela na cama e abre a sua calça, antes de Luísa desmaiar totalmente.
Sinto meu sangue ferver e eu abro a porta com força, chamando a atenção da morena que solta Luísa na cama, me olhando totalmente assustada.
- Se afasta dela agora - Grito nervosa - Ela não está bem, qual o seu problema?
- O que você está fazendo aqui? - Larissa pergunta assustada.
- Eu vim proteger a minha mulher - Falo autoritária e me aproximo dela - Agora você vai embora dessa casa.
A mulher passa por mim e vai embora da casa, totalmente irritada e bate a porta com força quando saí. Me viro para Luísa e vejo que nem com a briga ela acordou e eu sento do seu lado rapidamente, segurando seu rosto.
- Oi, meu amor - Sussuro baixinho tentando acordá-la e passo a mão pelo seu rosto.
- Não estou bem... - Ela fala sem conseguir abrir os olhos.
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O Leilão (Mailu)
أدب الهواةA vida é como um leilão, o primeiro lance é seu e, se você não tiver a ousadia de se dar o mínimo valor que merece, todas as outras pessoas vão continuar dando menos que isso. Luísa, com vinte e oito anos, conhecida como dona das maiores empresária...