O que acontece quando tudo o que você sabia sobre sua família foram mentiras inventadas?
Quando tudo que achava ser já não faz mais sentido?
Quando já não se acredita no amor?
É o que acontece quando duas espécies inimigas se unem através de uma...
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A noite chegara, Olivia e Sebastian se retiraram do quarto de braços dados. A ômega saltitante, com seu amado, se dirigiu ao salão onde os demais esperavam.
Vários pares de olhos os fitaram, uns surpresos e outros como James: irado. Se aquele vampiro tivesse desonrado a sua irmãzinha, ele o esfolaria inteiro, mesmo a sua força sendo infinitamente inferior ao do sanguessuga.
Sem dar atenção a ninguém, Olivia se acomodou ao lado do amado, quase que no colo dele, o que ocasionou um bufo da jovem raposa. Totalmente alheia aos pensamentos assassinos do irmão, a híbrida recém-transformada só se preocupava em se esfregar no vampiro.
- Olivia, querida! Você me permite fazer alguns exames? - Alice pediu.
A ômega ostentava expressão de contentamento, além de muita manha, o que provocou a curiosidade da médica. Se as suspeitas dela fossem confirmadas, em breve aquela loba entraria no calor.
Desconfiada, ela fitou a doutora. Ao lado dela, um vampiro calado, que não expressava nada no olhar. Olivia o olhou curiosa, não se recordava de tê-lo visto na noite anterior. Se bem que, foram tantos acontecimentos...
- E se eu não quiser? - respondeu emburrada e se escondeu atrás de Sebastian. - Vai usar agulhas?
- Deixe de ser molenga! - Alice se divertiu com o medo dela. - Nem parece ser uma híbrida de Bruxa.
- Isso não significa que a minha pele não seja sensível.
James revirou os olhos, bufando.
- Mais é uma fracote mesmo!
- Fracote é você, raposinha fraca. - respondeu dando a língua para o irmão.
- Ora sua...
- Chega James! - a dona da Reserva ordenou. - Olivia, meu amor, a doutura Qing não vai usar agulhas, deixe-a te examinar.
A voz carinhosa da raposa mãe chegou aos ouvidos dela. Madame Sue sabia do medo que a filha tinha de agulhas.
Concordando, ela se desprendeu de Sebastian, todavia, antes de se afastar, olhou fixo para o amado e ofereceu um sorriso brilhante. Os presentes observaram calados a médica vampira examinar a garota. Esta que fazia caras e bocas toda vez que a cutucava em algum lugar.
- Como imaginei! - Finalizou Alice. - Pelo odor que você exalou essa manhã, eu imagino que algo bem quente ocorreu no quarto.
- O quê? - por um momento Olivia teve a decência de ficar vermelha, para em seguida dizer sem graça: - Você quer saber da minha intimidade com meu companheiro?
Fechou a cara. Se aquela vampira pensava que iria lhe falar da sua privacidade, estava muito enganada. Sebastian era só dela. Sentiu o sabor amargo do ciúmes subir em sua boca!
- Olivia! - repreendeu o vampiro envergonhado.
- Affff, Sebastian! Você nem me quis direito. - cruzou os braços, fazendo drama. - E essa chata já vem me fazer essas perguntas indecentes. - contou totalmente sem vergonha e se esfregou no vampiro, que não a rejeitou, porém, ficou sem jeito ao ver tantos olhares os encarando.
