O que acontece quando tudo o que você sabia sobre sua família foram mentiras inventadas?
Quando tudo que achava ser já não faz mais sentido?
Quando já não se acredita no amor?
É o que acontece quando duas espécies inimigas se unem através de uma...
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O dia do casamento de Sara e Peter havia chegado, e com ele o mau humor de Olivia. Ela não se conformava em ter que se despedir de sua irmã, que na tarde seguinte já estaria indo embora com o marido para sua nova casa. Sebastian tentava acabar com o estresse dela, mesmo achando o ciumes fofo.
A cerimônia ocorreu na perfeita harmonia e já estavam todos festejando num banquete especialmente dedicado aos noivos. Sebastian já estava preocupado, pois a cada garçom que passava por ele, Olivia pegava uma bebida nova da bandeja.
- Liv, não acha que está exagerando na bebida? Você ainda está se recuperando. - argumentou para a moça que virava mais uma taça de champanhe nos lábios.
- Sebastian, eu não fico bêbada tão fácil. Tem certeza que você não quer provar só um golinho?
- Os Tremere não bebem! - meneou a cabeça, rejeitando, desistindo de pedir que ela pegasse leve no álcool.
O banquete chegava ao fim, os noivos estavam se retirando para seus aposentos e poucos convidados ainda circulavam pela área. Sebastian com Olivia pendurada em seu braço, andava em torno do lago.
Após um tempo na festa, finalmente Olivia parou de beber, achando mais interessante flertar e dar em cima do vampiro. O coração dela bombeava de amor pelo homem de pele extremamente branca como a neve e de poucos sorrisos, o corpo dela se arrepiava com o toque gelado dos dedos de Sebastian. Qual seria a sensação dos lábios dele pressionados nos seus? Calafrios subiram por sua espinha ao ter esse pensamento, os batimentos cardíacos aceleraram devido à excitação, deixando-a ofegante.
Sebastian ouviu o bombear agitado do sangue dela e a encarou curioso, lutando contra a vontade de escutar o que ela pensava.
- Está tudo bem? - se limitou a perguntar, sem invadir a privacidade dos pensamentos dela.
- si...sim! - Liv gaguejou, desviando os olhos para a boca do vampiro, não deixando de reparar nos dentes brancos e na pontinha rosada da língua que aparecia quando ele falava.
Como seria beijar o vampiro? Ter aquela lingua invadindo a sua boca? Nunca beijou, mas, escondida em seu quarto, leu muitos livros que eram considerados proibidos. Soltando um pequeno arfar, tentou desviar os olhos e pensamentos da tentadora boca, porém, inevitavelmente o seu corpo esquentou de desejo e sentiu uma vontade louca de se jogar nos braços do vampiro e provar o beijo dele.
Sem conseguir resistir, Sebastian jogou pelos ares os seus valores e cedeu ao impulso de invadir a mente de Olivia e sua boca salivou ao tomar conhecimento dos anseios dela.
- Você pode Liv! - a loba o fitou sem entender. - Eu também quero muito te beijar, mas julguei que você não iria querer, que poderia pensar que estou indo rápido demais.
Ela arregalou os olhos, surpresa.
- Como... - disse desnorteada.
- Eu posso ouvir pensamentos, linda. Não somente os seus, mas de todos aqui.
