capítulo 7: repreensão

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Esther

Céus!

O que ele estava fazendo ali?

Não foi difícil descobrir o motivo.

Como quem não queria nada, acabei perguntando algumas coisas ao pastor Wayne e ele informou que Zach havia danificando o muro da frente com seu carro durante um movimento errado ao volante e estava reconstruindo-o.

Mesmo que Zach tivesse falado acerca disso anteriormente, essa informação me surpreendeu e me fez deduzir que veria Zach nos próximos dias, já que ele estaria trabalhando por ali.

Enquanto deixava o pequeno refeitório da igreja, eu não parava de pensar nisso e algo inusitado aconteceu segundos depois.

Acabei cruzando o caminho de Zach no corredor.

Não havia ninguém por perto e eu continuava tensa diante do seu olhar afiado.

Eu estava muito nervosa e Zach não facilitava a tensão, considerando seu olhar intimidador.

— Você por aqui. — disse, estudando-me com cuidado.

— Olá. Você quer água? Está com sede? — decidi oferecer, encarando a porta por onde tinha passado momentos antes.

— Sim. Realmente estou com muita sede.

Para minha grande surpresa, Zach se aproximou ainda mais, de modo que acabei encurralada contra uma parede.

Para meu espanto, ele ficou perigosamente perto e isso me deixou em chamas.

Mesmo suado pelo esforço contínuo na reforma, ele parecia lindo.

— Zachary... — sussurrei nervosa e ele inclinou seu rosto de modo que estivesse bem perto.

Fechei os olhos, tensa.

Eu conseguia sentir sua respiração contra meu rosto e quase tive um colapso com sua atitude inusitada.

— Você ainda pensa naquela noite?— sussurrou.

— Sim. — sussurrei timidamente de volta. Não tinha porque negar. — Mas não devia.

— Por quê?

— Porque não é certo.

— E no beijo. Você ainda pensa nele? — sua voz era intensa e máscula como ele. Só isso conseguia mexer bastante comigo.

— Você não devia dizer essas coisas. Meus pais podem ouvir.

Para meu espanto, ele sorriu e então levou sua mão até meu rosto.

Com os olhos amplos, senti quando ele tocou meus lábios com seu polegar.

— Eles não devem nem imaginar que a filhinha deles estava em uma festa, sendo beijada por mim. — disse, ignorando minhas palavras anteriores. — De qualquer forma, eu não parei de pensar no beijo.

— Não diga isso aqui. — murmurei ofegante, sentindo quando ele recostou seu rosto em minha bochecha. Eu conseguia sentir sua barba contra minha pele e meu coração estava acelerado.

Naquele momento ouvi um barulho vindo do refeitório e me apressei em reagir. Espalmei o peito de Zach, afastando-o.

A porta do refeitório se abriu e mamãe apareceu.

Seu olhar inicialmente surpreso se tornou irritado.

— O que está acontecendo aqui?

— Mamãe, ele queria água e só estava perguntando onde fica o refeitório. — eu disse rapidamente, disfarçando meu nervosismo.

— Hm. — franziu o cenho antes de encarar Zachary. — O refeitório fica aqui. — ela disse sem ânimo, apontando a porta.

— Obrigado. — Zach me lançou um último olhar antes de passar pela minha mãe e adentrar o refeitório.

Voltei meus olhos para a mais velha, que não parecia nada feliz.

— Mantenha-se longe dele, Esther. — aproximou-se, o semblante ameaçador. — Não quero minha filha se misturando com um baderneiro e ainda por cima... preto.

Antes que eu pudesse rebater, ela agarrou meu braço com certa violência e praticamente me arrastou em direção à saída.






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