· Nine.

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A Segunda Ida a Nárnia

Eu e os Pevensie, menos Edmundo, estávamos brincando do lado de fora, já se faziam duas semanas desde minha ida a Nárnia e a briga com Edmundo, que havia praticamente se isolado de nós, vez ou outra Lu tentava falar com ele, mas era expulsa aos berros, grande parte dos dias estava andando pelos cantos reclamando, sempre.
Nós quatro estávamos correndo até a casinha, voltamos atrás em nosso pedido e deixamos Tom nós ajudar a reformar a casinha e também construimos um caminho até lá e uma ponte mais confiável, o caminho era basicamente um deque feito de madeira de eucalipto pintada de vermelho para que pudesse ser melhor enxergado a ponte era da mesma cor e madeira que o deque, tudo estava lindo, expandimos um pouco mas mantivemos algumas coisas da casinha original, tinha uma parte para cada, fizemos até um cantinho disponível para Edmundo, para o caso de nós acertamos novamente.

– A casinha precisa de um nome... — disse Susana.

– Depois escolhemos, podemos por favor voltar para casa e comer? — perguntei.

– Claro. — disse Pedro.

Fomos todos até a casa, comemos e arrumamos uns caixotes para levar frutas para lá, passei por Edmundo como se não tivesse o visto, ele me seguiu e quando estava perto o suficiente me cutucou com a ponta do dedo indicador.

– Meredith. — chamou em voz baixa.

Parei e me virei para ele, coloquei a caixa com as frutas no chão.

– O que quer, Pevensie?

– Eu não sei como falar isso... — murmurou envergonhado. – me... me perdoe, por favor, eu não devia ter dito tudo aquilo...

Respirei fundo, ainda estava um pouco chateada, mas me lembrei que Dona Martha sempre me repreendeu por coisas assim, diz que temos que perdoar sempre.

– Está bem, eu te desculpo. — falei tentando dar um sorrisinho leve.

Ele sorriu fraco, os outros estavam vindo, Pedro olhou frio para o irmão, bufou e também pôs a sua caixa no chão.

– Se for chatear Meri de novo vá embora logo antes que eu me estresse. — disse levemente alterado.

– Não vim pra isso Pedro. — disse olhando o chão.

Meu olhar se intercalava entre os quatro Pevensie, olhei para Pedro fixamente, pedindo que se acalmasse, ele também me olhou, pareceu entender pois respirou fundo e piscou os olhos algumas vezes.

– Ele veio se desculpar, pedir perdão. — expliquei. – está tudo certo.

Susana foi até o irmão mais velho e pediu para ele esquecer a história, Pedro gostava muito de Edmundo, mas não quando eu e ele estavamos juntos, pelo fato de sempre algo dar errado ou brigarmos, ele realmente queria que o irmão mudasse.
Lu e eu pedimos para que ele se juntasse a nós, poderiamos brincar de outra coisa para esfriar a cabeça, ele cedeu, Susana propôs que jogacemos Baseball, pegamos os tacos e uma bola, estavamos no jardim, tudo estava dando certo até que Edmundo jogou a bola tão forte que quebrou a janela.

– Tinha que ser você! — disse Susana.

– Ei! — respondeu.

– Vamos logo buscar a bola antes que Dona Martha veja a janela quebrada. — falou Pedro e todos nós corremos.

Quando estávamos prestes a pegar a bola ouvimos os saltos de Dona Martha.

– Okay galera, dessa vez eu não faço ideia de como salvar a nossa pele. — disse olhando os lados.

– Ótimo. — resmungou Susana. – e agora o que fazemos?

– Simples, corremos! — disse Pedro e pegou a minha mão e a de Lúcia.

The Golden Age [01]Onde histórias criam vida. Descubra agora