— A Chegada do governador —
Já tinha se passado uma semana desde o jogo de xadrez com Edmundo, eu mau o vi durante esse tempo, apenas na hora das refeições, mas ele vivia quieto, Lúcia disse que anda estressado com a construção da ponte Ilha de Galma, lá era um dos lugares mais próximo onde tinham sua população como filhos de Adão, ou humanos.
Eu e Susana estávamos no Salão das Meninas, eu com meu cavalete, tentando ter uma ideia do que pintar, mas nada fluía, Susana estava lendo um romance, todo o momento me contando sobre as cenas, Lúcia entrou correndo, ofegante, com Flora atrás dela.– Rápido! — disse Lucia.
– Meninas, o governador de Galma e seus filhos estão aqui! — Flora completou.
Susana levantou do sofá num salto, me virei e olhei para Susana.
– Tinha me esquecido completamente. — falei nervosa.
– Pedro deve querer que nós demos as boas vindas, não é? — Susana comentou enquanto limpava a saia.
– Exatamente por isso que viemos chama-las — Flora disse fazendo menção a descermos.
Lúcia assentiu e pegou minha mão, me puxando para descermos até a entrada, assim que chegamos ao térreo vi o governador Alastor e sua filha, Pedro era o único que estava com eles, começamos a andar mais devagar, vi Edmundo cruzando o corredor, ele parecia ter saido do Salão dos Tronos nesse momento, Pedro nos viu e limpou a garganta pegando a mão de Flora relutante.
– Como tinha dito, está é minha namorada, Flora. — apresentou e Flora deu um sorriso gentil. – a... futura rainha.
Flora deu um suspiro pesado, sem parecer muito confortável, aparentemente tem algo de errado com os dois de novo.
– É um prazer conhece-lo, vossa excelência. — ela disse estendendo a mão para o homem apertar.
– O prazer é meu, é verdade que a senhorita é uma ninfa dos bosques? — ele perguntou curioso, sua voz escondia um desdém.
– Sim senhor, minha árvore é uma macieira. — comentou envergonhada.
O governador pareceu um pouco preconceituoso ao ouvir, fez uma leve feição de desprezo, Pedro levou Flora um pouco mais distante do homem sutilmente, como se ele pudesse a fazer mal, admirava isso nele, por mais que estivesse irritado com alguém não gostava menos dela por isso, encontra partida Ed se isolava dela.
– Creio que já conheça todos os meus irmãos, também Rei e Rainhas. — Pedro falou disfarçando.
– Sim, menos a mocinha. — disse se referindo a mim.
Eu estava ao lado de Edmundo e Lúcia, olhei para minha amiga de relance e dei um passo a frente.
– Boa tarde, sou a Princesa Meredith. — estendi a mão para ele.
Ele fez uma leve reverencia e a apertou.
– Devo dizer que Vossa Alteza é uma moça bem encantadora. — sussurou.
Sorri fraco e envergonhada, ouvi alguém limpar a garganta, mas não soube destinguir quem.
– Uma pena meu filho Atlas não estar aqui, teria gostado de comhece-la. — disse ao soltar minha mão. – está é minha caçula, Âmbar.
A jovem fez uma reverencia, ela tinha minha idade aparentemente, olhos azuis e cabelo ruivo, não era alta nem baixa, me parecia alguém agradável mas no fundo alguma coisa me dizia o contrário.
Um garoto veio andando até nós, era alto tinha olhos castanhos e cabelo preto, ele parou ao lado do governador, me olhou e deu um sorriso de lado.– Falando nele, pai. — Âmbar disse e cruzou seus braços.
– Boa tarde majestades. — disse curvando-se, tomou minha mão e se curvou a mim também. – Alteza, está linda com esse vestido. — falou e beijou minha mão.
Corei.
– Um prazer conhece-lo. — falei baixinho.
– Ele é todo meu, uma dádiva conhecê-la, ouvi muitas histórias sobre vossa Alteza. — disse se endireitando. – todas boas.
Sorri fraco, envergonhada novamente, mas de um jeito bom.
– Bem, Meri, vamos? — disse Edmundo, parecia encomodado.
– Vamos? — repeti confusa.
Ele bufou, me virei para ele e o moreno revirou os olhos.
– Tenho que falar com você.
Os outros já não prestavam mais atenção em nós, apenas Atlas pareceu nos ouvir, ficou intercalando o olhar entre mim e Edmundo, assenti mesmo sem saber exatamente o que aconteceu, me aproximei de Ed, que puxou minha mão e me levou para dentro.
Estávamos andando até as escadas quando simplesmente parei de andar.– Ed, o que houve? — perguntei.
– Nada. — mentiu. – só acho que faz tempo que não conversamos.
Isso era verdade, mas do nada?
– Diga a verdade, Pevensie.
– Não fui com a cara dele, esse tal de Atlas. — falou voltando a subir os degraus, fui atrás dele.
– O achei muito... cortês. — escondi um sorriso.
– Até demais. — se virou para mim e revirou os olhos.
Limpei a garganta.
– Ciúmes? — disse provocando-o.
– De quê? — rebateu.
– De mim, ele só foi educado e você se prontificou a me tirar de lá as pressas. — comentei cruzando os braços. – sabe que não vai perder seu lugar para ninguém, não sabe?
Ele ficou em silêncio e engoliu em seco.
– Ed! não seja tolo, é meu melhor amigo, depois de Lúcia. — falei, ele permaneceu calado. – não acredito que vai mesmo me deixar falando sozinha.
Não entendo ele, em um momento diz que quer conversar comigo em outro me ignora, o que ele acha que sou? Uma piada?
Comecei a subir a escada mais rápido, passando a frente dele, fui em direção a biblioteca, ele chamou por mim e eu o ignorei, abri a porta da biblioteca e corri para a sessão da História de Nárnia, que ficava no fundo da enorme sala, amava ler a parte do surgimento, matava a saudade de vovô.
Ouvi a porta abrir, Edmundo gritava meu nome, tentei ficar o máximo quieta que consegui, parecia que tínhamos 11 anos de novo e eu estava brincando de esconde esconde, se bem, que ele era um idiota nessa época e nesse momento era realmente um.– Sabia que estaria aqui. — Edmundo surgiu e se sentou ao meu lado.
Fui eu que permaneci em silêncio dessa vez.
– Desculpe — murmurou. – eu sei que foi idiotice da minha parte te ignorar.
– Ainda bem que sabe disso. — respondi.
– Mas não acha que ele é muito saidinho?
Olhei julgadora para ele.
– Não.
Ele piscou algumas vezes e franziu o cenho.
– Bem, eu tenho que ir, essa recepção de Pedro fez eu me atrasar uma reunião com uns arquitetos. — ele se levantou.
Assenti e ele foi embora.
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• Notas da autora •
Não sei se gostei mas tá aí.
Passando para dar um spoiler bom, daqui para frente teremos capítulos — e fragmentos deles — narrados pelo nosso rabugento favorito... Ok q ele não é mais rabugento, mas tá valendo, não tá? KKKKKK
Aperta na estrelinha♡
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The Golden Age [01]
FantasyMeredith Amare-kirke, órfã, neta de Digory Kirke e Polly Plummer, uns dos primeiros humanos que pisaram Nárnia, cresceu ouvindo histórias desse país mágico contadas por seu avô, sonhava em um dia conhecer Aslam, nunca soube ao certo se sua existênci...