— Perdemos Um —
Ela pensou um pouco, abriu um sorriso de orelha a orelha.
– Vamos para casa do Senhor Tumnus!
– O fauno? — perguntou Susana.
– Claro! — ela respondeu a animada.
Ela nos levou em direção a cabana do fauno, o irmão emburrado, como sempre, parei perplexa, os outros continuarão andando.
– Gente... — murmurei e corri para junto deles.
– Não... — sussurou Lúcia incrédula. – Não pode ser...
Entramos dentro da cabana, estava toda destruída, cheguei perto de uma fotografia estava rasgada, Lúcia chorava ao meu lado, a abracei e Susana também fez isso, Pedro leu uma carta que estava presa na parede com uma faca, não prestei atenção, estava ocupada tentando acalmar Lúcia.
– Ele é um criminoso! — falou Edmundo.
Lancei um olhar mortífero sobre ele, o menino revirou os seus, Susana bufou.
– Apenas por estar conversando com uma humana?! — Susana disse indignada. – acho melhor voltarmos, senão seremos nós os próximos a sermos presos.
Lúcia se soltou de meus braços rápido e correu para o meio de nós.
– Não! — falou em meio as lágrimas. – não é justo que ele fique preso por minha causa! Ele é inocente, eu que vim vê-lo quando ele me disse para eu não voltar, é minha culpa, temos que tira-lo de lá.
Dei um passo a frente.
– Vocês podem ir, se quiserem, mas eu vou ficar, Nárnia faz parte da história da minha família, vovô não gostaria de saber que deixei o lugar onde ele e vovó viram nascer acabar em destruição, essa bruxa nunca foi rainha... ela foi capaz de causar o fim dos tempos em seu mundo, o que não vai fazer por aqui? — falei e fui até a porta, esbarrei em Edmundo de propósito.
Consegui ouvir Lu falando que iria libertar Nárnia comigo mesmo que os outros não fossem, Susana e Pedro disseram que iriam ficar conosco e arrastaram o Pevensie restante consigo.
Um Pintarroxo de papo vermelho nós ouviu e começou a piar.– Vejam! Ele quer que nós sigamos ele! — Lu apontou para o pássaro.
– Isso não faz sentido! — disse Susana.
– Ora! Os animais de Nárnia pensam e falam Susana! — digo. – Vovô voou num pégaso, outrora um cavalo, que falava, quer sentido nisso? Sem falar que acabamos de entrar num guarda-roupa mágico, que nos trouxe para um país mágico e estamos atrás de um fauno.
– Vamos segui-lo logo. — falou Pedro.
A cada passo que davamos ele pulava para outro galho e cantava, até que parou e apontou para um canto, uma coisa começou a se mexer no meio das plantas, um castor! Pedro se agachou e estendeu a mão para ele, como sempre se faz com cachorros e gatos, dei um tapa na minha testa.
“ Ninguém escuta o que eu digo por acaso?! ”
O castor olhou para Pedro julgando-o.
– Não espera que eu cheire isso não é? — perguntou o castor.
Todos deram um passo para trás e Pedro caiu de bum bum no chão, eu dei uma risada fraca.
– Você fala! — afirmou Pedro.
– Oh! Não me diga! — debochei. – eu disse que os animais daqui falavam a quase dez minutos atrás. — revirei os olhos.
O castor riu fraco.
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The Golden Age [01]
FantasyMeredith Amare-kirke, órfã, neta de Digory Kirke e Polly Plummer, uns dos primeiros humanos que pisaram Nárnia, cresceu ouvindo histórias desse país mágico contadas por seu avô, sonhava em um dia conhecer Aslam, nunca soube ao certo se sua existênci...