· Forty-one.

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Caçada ao Cervo Branco

· Meredith ·

  Daqui a duas semanas seria o meu aniversário de vinte anos, já tinham quatro anos que eu e Ed estavamos juntos, Pedro e Flora estavam terminando os preparativos para o casamento, já estava quase tudo pronto, Susana estava fugindo de seus molhares de pretendes e Lúcia era uma jovem mulher encantadora e sábia, também cheia de pretendentes, mas ainda não achava nenhum que fosse especial o suficiente.
Eu estava desenhando uma rosa enquanto estava sentada em um pequeno sofá de meu quarto enfrente a janela, o dia estava quente e ensolarado, era começo da manhã.
Duas mãos tapam meus olhos e eu dou um sorriso.

Edmundo Jorge Pevensie! — falei tirando suas mãos de meu rosto e me virando para ele.

Ed se sentou ao meu lado sorridente, me abraçou e encheu meu rosto de beijinhos, comecei a rir quando ele começou a fazer cócegas em minha cintura.

– Pare com isso Ed! — disse entre risos.

Minha Princesinha, tenho uma ótima notícia.

Ergui uma das sombrancelhas.

– Se for alguma coisa ligada a aquela história de ter um animal exótico da Arquelândia nem pense. — falei cruzando os braços.

Ele fez que não com a cabeça.

– O cervo branco foi visto em Nárnia! — falou animado. – isso significa que quem o capturar tem direito a um desejo, eu e Pedro estamos indo, provavelmente Lúcia vai insistir em ir também.

– Não vou não Ed, você sabe que sinto uma aflição em ver animais morrendo. — falei fazendo cara de pena.

O moreno assentiu, como se já soubesse da resposta, mas pelo visto veio mesmo assim.

– Tudo bem, se eu for o felizardo, já sabe o que vou perdir.

– Que Pedro o dê um mês de folga? — brinquei.

Edmundo me lançou um olhar irônico.

– Não.

Dei de ombros.

– Que você aceite se casar comigo. — ele deu um sorriso.

O abracei forte e dei um beijo nele, minhas mãos em sua nunca acariciando seu cabelo e as dele em minha cintura apertando-a.

– Nem precisa pedir ao Cervo. — disse ao me separar dele.

Ele disse que iria mesmo assim e na hora arrumaria um pedido, descemos até os estábulos, onde os outros quatro Pevensie e Flora estavam.
Ao me ver Lúcia abriu um sorriso largo e veio me abraçar.

– Como a convenceu? — ela perguntou a Ed.

– Simples, não convenceu, vim apenas para vê-los indo para a caçada. — eu disse antes de Ed falar algo.

Fui até a baia de Phillip junto a Edmundo, ele colocava a cela e os estribos nele enquanto eu apenas olhava e escovava sua crina, algo em mim dizia que esta caçada daria muitíssimo errado de alguma forma.
Me aproximei do rei e toquei seu ombro o fazendo me olhar nos olhos.

– Ed eu estou com um mal pressentimento quanto a isso. — eu disse.

– Sou bem crescidinho, Princesinha, eu u sei me cuidar. — disse me abraçando mas com um espaço o suficiente para que pudesse ver meu rosto.

Phillip relinchou bravo.

– Se forem se beijar, vão para fora. — resmungou. – não estou no clima para ficar de vela.

The Golden Age [01]Onde histórias criam vida. Descubra agora