Eu estarei aqui - DARYL DIXON

Capitulo 10 : Infectados.

Pov: Daryl Dixon

Para a nossa sorte ou azar. O carro que conseguimos quebrou no meio do caminho. Como já estava escuro, optamos por seguir o resto do caminho a pé.

Ao nos aproximarmos da pedreira, se podia ouvir os tiros vindo do acampamento.

Rick, Glenn e T-dog, me olham preocupados. Imaginando ser o Merle, em busca de algum tipo de vingança. Meu coração gelou, torcendo para ele não ter matado ninguém, não ter machucado nenhuma daquelas crianças.

Talvez eu ainda pudesse contornar a situação. Talvez ainda podíamos conviver com aquele pessoal.

Nos olhamos, ouvindo o tiroteio, subindo aquela pedreira o mais rápido possível.

" Antes fosse o Merle atrás de vingança."

A cena que nós vimos foi bem pior. O acampamento estava sob ataque de um grupo de zumbis.

Armo minha besta, atirando contra aqueles bichos. Sem me importar se eles eram rostos conhecidos ou não.

Tinha corpos espalhados pelo chão, uma gritaria, pessoas sendo comidas. Sangue espalhados por toda parte.

— É a Lauren! – aponta o Xerife, vendo a filha correndo para dentro do mato. Com alguns zumbis indo atrás dela. – Vai precisar de ajuda.

Vai correndo em direção a filha. Mas eu o impeço.

— Vai atrás da sua esposa, e do garoto. – tirei uma flecha da base pondo na besta. – Eu vou atrás dela...

Saio correndo em direção a mata, matando todos os zumbis que vejo pela frente.

Avisto de longe a Lauren caída no chão com zumbi em cima dela.

Disparei uma flecha na sua direção, acertando a cabeça do desgraçado.

Abaixo a besta correndo até a garota. Me agacho no chão, ao seu lado.

— Você está bem ? – pergunto.

— Eu tô bem! – falou meio ofegante. Estende

seu braço na minha direção.

Deixo a besta de lado para ajudar a se levantar.

— Não, não, não, não – diz Lauren com tom de choro.

Ela parecia desesperada, olhando fixamente para o braço. Me encara, com seus olhos cheios de lágrimas.

— Não me mate, por favor! – implora, com medo de lhe fazer algum mal. – Deixa eu ao menos me despedir da minha família.

" Se despedir ? Do que essa garota está falando ?"

Sinto um pingo caindo sobre meu sapato. Era sangue. Olho para o braço da garota, percebendo todo aquele sangue escorrendo.

Pego no seu braço, puxando para a luz. Queria entender que tipo de machucado era. Engulo seco, vendo a mordida, um pouco abaixo do seu punho.

— Já que eu vou morrer... Que bom que a única coisa que eu vou ver, vai ser os seus lindos olhos azuis. – me encara, abrindo um meio sorriso no rosto.

Uma lembrança me veio à cabeça. Quando salvei meu irmão de uma picada de cobra. Talvez o vírus se espalhasse da mesma forma.

Puxo meu cinto do cós da calça. Colocando um pouco para cima da mordida. Puxando com força, parando sua circulação.

— Eu não pretendo te matar. – olho fixamente para ela. – Não sem ao menos eu tentar te salvar antes... Mas vai doer, vai doer muito. Apenas preciso que confie em mim.