Capitulo 7 : A culpa é do Merle Dixon.

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Pov: Daryl Dixon


Quando a Lauren contou que não se lembra do que aconteceu no seus últimos dois anos, me faz me sentir um completo idiota.

Esse tempo todo eu pensava, que ela não estava fazendo questão de mim. Nunca passou pela minha cabeça, que não se lembrava.

Isso explica muita coisa, o porque sumiu, não ter retornado minhas ligações.

Eu nunca iria forçar nada, ela me tinha como um colega de grupo, então era assim que continuaria sendo. Caso algum dia ela transparecer ter algum tipo de interesse em mim, eu faria alguma coisa.

Decido que vou ficar alguns dias fora, procurando por comida.

Eu estando fora, Merle não fica me enchendo a paciência para ir embora. Não quero ir embora, é estranho dizer isso, mas me sinto parte desse grupo.

Se o Merle quiser ir, ele que vá sozinho. Ficou longe por dois anos, eu já tinha me acostumado a viver sem ele.

Estou arrumando minhas coisas, Lauren passa por mim, parecia um pouco chateada com algo.

— Vai caçar novamente ? – Ela pergunta se aproximando

— È – respondo não dando muita atenção.

— Deveria esperar amanhecer – sugere – Sair a noite é perigoso.

Não dou muito papo, dando as costas para ela, colocando a besta sobre meus ombros.

Meu irmão estava sentado no capô do carro. Fumando alguma coisa, pelo cheiro, só poderia ser maconha. Não sei onde ele consegue arrumar essas coisas em pelo fim do mundo.

Me aproximo, notando ele colocando seus olhos sobre mim.

— Vou caçar, avisa o resto do grupo – Saio antes de ouvir suas reclamações.

Entrei mata adentro, resolvi fazer uma fogueira, para passar a noite por ali. Estava com a cabeça cheia, precisava de um tempo só.

[ ... ]

Passei o dia inteiro caçando, resolvo ir mais longe dessa vez. Os animais perto do acampamento, estavam acabando, já tinha pegado praticamente todos.

Tenho que tomar cuidado, não matar os animais mais novos, ou filhotes. Deixar que eles se reproduzam normalmente. Assim nunca faltaria comida. É assim que a cadeia alimentar funciona.

Carne de Coelho, lebre, gazela, javalis, eram os mais recomendados. Caçar animais muito grandes, como boi ou porco, seria desperdício. É muita carne, ela acabaria perdendo, correndo o risco de alguém contrair alguma infecção, ou doença.

Eu caço, limpo os animais. Já entrego para as mulheres, pronto para serem assados ou cozidos. Aproveito as peles, para fazer roupa. Com a chegada do outono, o tempo vai esfriando. Talvez elas sejam necessárias para nos aquecer.

Eu sei, a pele do animal parece meio ultrapassada. Mas agora vivemos em um mundo em que a sobrevivência é maior. Não temos mais energia elétrica e muito menos aquecedores. Talvez costumes antigos venham a calhar.

Não querendo me gabar, mas no quesito sobrevivência, eu me sobressaio.

Me frusto que ao cair da noite, apenas consegui alguns esquilos.

Olho para o céu, vejo que está armando chuva. Corro para me abrigar em uma caverna.

Avisto uma gazela.

— Essa é a minha chance... – falo comigo mesmo – Vem bonitinha, vem .

" Uma gazela nos daria, dias de comida"

Eu estarei aqui - DARYL DIXONOnde histórias criam vida. Descubra agora