Capitulo 8: As coisas não foram tão boas em Atlanta.

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Pov: Daryl Dixon


Chegamos no terraço, meu irmão não estava mais lá. Fico louco, revoltado. Culpei o T-dog e o Xerife por toda aquela situação.

Eu com raiva, não sou a pessoa mais receptiva do mundo.

Realmente me descontrolei, quando achei a algema ainda presa no cano. Com uma poça de sangue enorme, no local onde era para meu irmão estar.

Uma caixa de ferramentas jogada no chão, uma serra suja de sangue, junto a mão do meu irmão, separada do corpo.

Ao que tudo indicava, meu irmão cortou a própria mão para sair dali.

Todo aquele cenário fez meu sangue ferver, sem pensar, agindo por puro impulso, acabei tentando agredir o T-dog.

O homem tinha culpa ? Não. Mas eu precisava extravasar minha raiva de alguma maneira.

Pego T- dog pela gola da blusa, ameaçando o sujeito. O homem me encarava com medo, enquanto gritava com ele.

Ouço o som do gatilho ser destravado nas minhas costas. Solto o T-dog, me virando lentamente, para frente.

Rick, estava com a arma apontada para mim. Qualquer movimento que eu fizesse, ele iria disparar contra mim. Possivelmente morreria à míngua aqui nesse telhado.

" Esse Xerife metido, está me tirando do sério! "

— Por que não aperta essa droga de gatilho e acabe logo com isso ! – falei meio impaciente, rangendo os dentes.

— Está mais calmo ? – perguntou abaixando a arma.Colocando o Cold sobre a bainha. – Não vou atirar em você, a menos que me dê um motivo concreto.

— Como vou ficar calmo, se graças a vocês meu irmão desapareceu – desvio o olhar agachado no chão, pegando aquela mão, enrolando em um pano – Ele teve que cortar a mão, cara... Olha o nível de desespero que ele chegou...

— Nós sentimos muito – fala o homem – Nunca foi minha intenção...

— Se desculpa com ele, quando o encontrarmos – levando, interrompendo o Xerife. – Mas se ele quiser cortar sua mão fora, por vingança, não vou impedir.

Caminho até o Glenn, guardando o pano com a mão enrolada, dentro da mochila. O garoto faz cara de nojo, como quem não queria carregar algo desse tipo.

Ajeito minha besta, começando a seguir os rastros de sangue deixados pelo meu irmão. Não digo mais nenhuma palavra, apenas continuei andando para dentro do prédio, vendo os outros me seguirem.

Vou descendo as escadas, usadas para emergência, chamando pelo meu irmão. Talvez ele ainda estivesse por aqui.

O sangue ainda está fresco. Chuto que ele saiu daqui, em torno de uma hora no máximo.

— Merle ? – grito por ele.

— Não estamos sozinhos. – o Xerife cochicha no meu ouvido, parando ao meu lado. Enquanto conferia os corredores. – Esqueceu ?

— Que se dane! – murmurei, abaixando a besta. Olhando pela quina da parede, se não vinha algum zumbi, na nossa direção. – Ele pode estar sangrando. Você mesmo disse isso.

Entramos em uma cozinha.

Um cheiro de gás, invadia o local.

Olho com atenção, na procura de algum rastro novo. Já que os pingos de sangue terminavam aqui.

Eu estarei aqui - DARYL DIXONOnde histórias criam vida. Descubra agora