Capitulo 3 : Holocausto

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Pov : Lauren Grimes:

Fico atordoada, quando a Lori me conta que meu pai tomou um tiro durante uma operação policial. Meu pai é tudo o que eu tenho.

"Se ele morre, e vira uma dessas coisas ?"

Precisava tirar ele daquele hospital, levá-lo para algum lugar seguro. Talvez Atlanta, como o homem me orientou.

Deço daquela maca, caminhando até o banheiro.

Em breve teria alta e finalmente conseguiria voltar para casa. Fecho a porta atrás de mim, tirando minha aquela camisola do hospital, para poder colocar minhas roupas.

Me encaro no pequeno espelho, do banheiro. Notando uma cicatriz próxima ao meu ombro. Passo os dedos da mão sobre ela, sentindo sua textura. A cicatriz estava um pouco elevada. Olhando bem de perto, eu podia jurar, que é uma mordida humana perfeita. Ou era apenas a posição que os cortes estavam, davam essa impressão.

Esse é o lado ruim de ter amnésia, não conseguir me lembrar de como conseguir

uma simples cicatriz. Me olhar no espelho, e não reconhecer as mudanças no meu corpo. Era como se eu fosse outra pessoa.

Visto as minhas roupas, indo para o terraço do hospital, esperando pelo helicóptero.

Ainda não me acostumei com essas roupas do exército. Era estranho eu fazer parte de algo, que mal me lembro como entrei.

[ ... ]

Atravessar o país em um helicóptero, me custou mais de doze horas de voo. Saí do hospital no fim da tarde, agora já estava amanhecendo quando o Helicóptero deu sinal de que iria pousar.

Quando o Helicóptero pousou, fui diretamente ao hospital. Parecia ainda tudo tranquilo por aqui. Sem sinal de pessoas infectadas, com sintomas de canibalismo.

Esse era o mal de uma cidade pequena do interior, eles nem tinham ideia do que estava por vir.

Entro no hospital, olhando a sala de emergência cheia. Pego minha mochila passando sobre meu corpo. Caminhando até o balcão de informações.

— Grimes! – uma das médicas me abraça – Venha vou te levar até seu pai.

Vamos andando pelos corredores, observo algumas pessoas tossindo, internadas. O hospital estava lotado com gente com gripe, nas últimas horas. Eu sabia muito bem o que isso significava.

— Pai! – Encho os olhos de lágrimas, vendo ele ligado naqueles aparelhos – Nunca pensei em ver ele assim!

Ponho a mão sobre o vidro o encarando de longe. Meu pai está em coma, deitado sobre a cama, ligado a vários aparelhos. Ao menos não estava entubado, o que era um bom sinal. Porém não apresentava sinal de melhora, ou que iria acordar.

Sua situação era complicada. Temia que não iria conseguir tirá-lo daqui a tempo. Faltava poucas horas para o Holocausto. Meu coração aperta, pensando na possibilidade do mesmo não conseguir sobreviver.

— Nem nós pequena – A médica passa a mão na minha cabeça – Mas fique tranquila, ele já passou do estado crítico. Seu quadro está estável, só mais alguns dias, ele acorda.

" Dias ? Eu tenho apenas algumas horas"

— Há alguma possibilidade dele poder ser transferido? – pergunto.

Talvez eu conseguisse um outro helicóptero.

— É arriscado – comenta – Aqui tem tudo o que ele precisa!

Eu estarei aqui - DARYL DIXONOnde histórias criam vida. Descubra agora