Pov: Daryl Dixon:
O mundo tinha virado de pernas para o ar em menos de 24h, por causa desses mortos levantando e comendo as pessoas. Estava em todos os noticiários. O governo mandou evacuar as grandes e pequenas cidades.
Tive que abandonar Chicago, abandonar minha vida. Quando finalmente alguma coisa dá certo para mim, o fim do mundo chega. Até parece alguma brincadeira idiota do destino, rindo da minha cara, dizendo que eu nunca teria nada, sempre serei um eterno fudido.
Acho que isso me deixou um pouco nostálgico, um pouco sentimental. Fazendo eu vir atrás do meu irmão, mesmo jurando para mim mesmo, que jamais iria vê-lo outra vez.
[ ... ]
– Dois anos atrás...
Mais uma vez meu irmão se mete em encrenca, ele se droga, me agride. Às vezes penso em deixar ele se ferrando sozinho por um tempo. Sinto que estou em algum tipo de prisão com ele.
É o que ele coloca na minha cabeça.
" Estamos unidos até o fim Darlynda"
Era o tipo de coisa que meu irmão falaria.
Paro a moto em frente ao prédio do promotor de justiça, estou aqui mais uma vez tentando conversar e livrar a cara do meu irmão.
Entro e me sento na sala de espera.
— Tem horário marcado ? – me pergunta a secretária. Cheirando a cigarro, voz pigmentada. Como se tivesse com o catarro agarrado na garganta.
A mulher era uma coroa de meia idade. Com um batom vermelho nos lábios, chamando bastante atenção. Com as raízes do cabelo um pouco grisalha, misturada a tinta ruiva desbotada.
— Sim – respondi, me ajeitando em algumas daquelas poltronas, de couro preto – Daryl Dixon.
— Só um momento! – procura meu nome na agenda, passando a unha pintada de vermelha, descascada pelo papel – Pode entrar... Dr. James já está te esperando.
Me levantei caminhando até a porta.
A mulher me seguia com o olhar, verificando todos os movimentos que fazia enquanto passava por ela. Tento ignorar, mas odeio quando as pessoas me olham com julgamento. Deve estar pensando que sou algum tipo de delinquente.
Bato na porta, entrando na sala. Percebo que o homem está falando no telefone. Faz um sinal para eu me aproximar da mesa.
Ando em passos largos e pesados até ele.
Sento em uma de suas cadeiras, fico mexendo no porta canetas de frente para mim.
Percebo que sentei em cima de alguma coisa, quando ouço o barulho de algo sendo esmagado no meu bolso. Coloco a mão no bolso, tirando algumas cartelas lá de dentro. Percebo que esmaguei os remédios, que aquela doutora me entregou.
A garota foi simpática comigo. Diferente de muitas pessoas que sempre me trataram como um marginal, me olhando torto, me julgando.
Deveria existir mais pessoas como ela. A médica era bastante bonita e atraente.
"Como se ela fosse me dar alguma moral"
Ela é toda patricinha, e eu sendo um caipira vestindo trapos velhos.
— Bom dia, Sr. Dixon! – fala o homem, me estendendo a mão. Dou um aperto de mão. O homem se ajeita na cadeira em minha frente – Me desculpe pelo transtorno, estava falando com os responsáveis pelo seu irmão.
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Eu estarei aqui - DARYL DIXON
FanfictionLivro I : "Meu nome é Lauren Grimes , e vocês não tem ideia do que eu passei para chegar até aqui..." * Em revisão*