cap. 4

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O relógio digital na escrivaninha marcava 02:38 da madrugada. Simone já havia se virado incontáveis vezes na cama, a janela aberta permitia que uma brisa fria entrasse no quarto, fazendo com que seus pêlos se arrepiassem.



Foi neste exato momento que Simone ouviu um barulho alto, que a deixou em alerta imediatamente, ela podia sentir o coração batendo em seus ouvidos.


Foi impossível não se lembrar da conversa que teve algum tempo atrás com Soraya. Era possível ser uma onça? Estava quase tremendo, então se perguntou se seria possível a onça subir a parede e invadir seu quarto, movida por esse pensamento se pôs de pé e foi a passos rápidos em direção a janela, para a fechar.





Voltou para a cama onde se sentou na beirada tentando acalmar seus batimentos, então o barulho de algo se chocando contra sua janela interrompeu o silêncio ensurdecedor que havia se estabelecido naquele cômodo. Simone sequer pensou duas vezes antes de se levantar e ir correndo para fora do cômodo. A única luz que tinha era o claro da lua cheia que entrava pelas janelas da casa. Continuou correndo sem saber para onde ia, foi quando pisou em algo regular, imediatamente se lembrou da escada, mas já era tarde demais, estava rolando escada abaixo enquanto gritava como se o mundo estivesse acabando. 





Soraya acordou no meio da noite com um grito incessante, se perguntou o que diabos estaria acontecendo, seria um assalto?
Pulou de sua cama, levando consigo o abajur que estava em cima da escrivaninha ao lado de sua cama, sequer se lembrou que estava nua ou de sua hóspede, apenas saiu rapidamente para evitar seja lá o que fosse.
Quando chegou ao pé da escada pode ver Simone caída ao chão com uma expressão de dor em seu rosto, então Soraya desceu a escada e correu ligar a luz, para que pudesse ver melhor.



Soraya, fuja enquanto há tempo, a onça já deve ter entrado, eu estou machucada, não poderei correr, então se salve eu ficarei e servirei de jantar a ela, para que você possa fugir.

Como é? Você bateu a cabeça? Não tem onça nenhuma aqui Simone.

Eu ouvi, ela estava entrando em meu quarto. Vá Soraya, vá, se salve.


Soraya não estava entendendo nada, e segurava o riso, pelo visto Simone realmente havia acreditado naquela idiotice, Soraya se perguntava se a mulher jogada no chão era adoravelmente inocente ou se era muito burra.

Não tem onça nenhuma aqui Simone.

Mas eu ouvi, e você disse que….

Eu estava brincando, não acredito que você achou que era verdade. Disse soraya caindo no riso.

Soraya ficou rindo da cara de Simone por alguns minutos, até que se deu conta que Simone a olhava de uma maneira estranha, voltou seus olhos para si mesma só então se lembrando que não havia nenhuma peça de roupa por seu corpo, imediatamente sentiu suas bochechas arderem, com certeza estaria um pimentão.

Simone notando seu desconforto virou seu rosto para o outro lado e disse:

Acho melhor você se vestir, porquê tenho a leve impressão que quebrei um pé. E você vai precisar me ajudar a levantar.

Soraya sequer se deu o trabalho de responder, saiu correndo escada acima, mais rápido  que os gatos quando ouvem o barulho do pacote de ração.


Estava se sentindo muito envergonhada por Simone ter a visto daquela maneira, pois nunca havia tido relações mais íntimas com outra pessoa, e sequer conhecia Simone.

Simone por sua vez ficou deitada no mesmo lugar, podemos dizer que estava hipnotizada pela cena que seus olhos flagraram a segundos atrás, Soraya tinha um corpo lindo, com curvas perfeitas, com pequenas manchinhas por toda a extensão do seu corpo, seios medianos e pontudos, as cochas grossas, sem falar no resto..... De tirar o fôlego! foi impossível não olha lá e desejá la, imediatamente Simone se repreendeu, não podia ter esses pensamentos. Não podia se apaixonar de novo. Mas com certeza não iria tirar essa cena de sua mente, e muito provavelmente precisaria de uma mão amiga, pois com toda certeza, sua calcinha estava desprezível.


𝐴𝑖𝑛𝑑𝑎 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑇𝑒 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 Onde histórias criam vida. Descubra agora