- 06 . perseguições à meia noite -

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EM SILÊNCIO, SATURYN SUMIU DE SEU CAMPO DE VISÃO

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EM SILÊNCIO, SATURYN SUMIU DE SEU CAMPO DE VISÃO.

Sem esperar que Obi-Wan dissesse qualquer coisa, Anakin já havia saído para a sacada presente na sala, sem relaxar seus sentidos em momento algum. Não bastasse Padmé ter desligado as câmeras, Saturyn também não fazia questão alguma de auxiliar na vigilância. Pelo menos, a Senadora ainda podia contar com o resguarde de R2-D2, programado para tal tarefa, contudo, a Jedi com toda sua teimosia, apenas foi dormir.

No fundo, ele gostaria de saber se ela realmente dormia bem. Se conseguia fechar seus olhos durante a noite e descansar sua mente e seu corpo – o que, baseado na madrugada anterior, ele chutava que não. Saturyn, assim como ele, provavelmente tinha problemas de sono. Imaginava se algum de seus pesadelos girava em torno de seu último ano traumático, pelo que recordava. Foi quando seu mestre faleceu e ela começou a vagar sozinha galáxia a fora. Corajosa, de fato, justamente porque a pessoa que matou Igos também estaria interessada em sua morte e, mesmo assim, ela prosseguiu com a missão proposta pelo seu mestre.

Entretanto, ignorando toda a camada de admiração e curiosidade que ele nutria por Saturyn, não conseguia deixar de pensar que existia algo estranho entre os dois. Uma conexão entre o véu da Força que nunca havia experimentado antes. Era como se pudesse sentir cada molécula de Saturyn, conseguindo visualizá-la a muitos quilômetros de distância. Suas emoções eram tão claras quanto o rio mais saudável de um planeta inóspito, legíveis como a letra de um poema escrito com paixão. Porém, ele não sabia o porquê. A conhecia há um dia e algumas horas. Não era possível estabelecer uma conexão tão profunda com alguém em tão pouco tempo.

Suspeitava que ela também não sabia o que poderia ser. Talvez Yoda pudesse ajudá-lo, mas não sabia se era seguro confiar este fato a alguém. Diferente de todos os seus dilemas, agora havia outra pessoa envolvida e, levando o histórico dela em consideração, julgava ser inconveniente trazer essa situação à tona sem seu consentimento. Mas como poderiam conversar sobre se não havia brechas amigáveis para uma conversa? Saturyn fazia questão de manter-se tão distante quanto algum planeta no Espaço Selvagem.

- Parece cansado – seu mestre disse, retirando-o da embriaguez de seus pensamentos.

- Não consigo mais dormir bem – admitiu, sentindo-se um tanto exposto.

- Por causa da sua mãe?

Não só; ele pensou. Claro que o advento dos pesadelos envolvendo o sofrimento de sua mãe o desestabilizavam. Mas agora, com a presença desta nova sensação desconhecida envolvendo Saturyn, ele não era capaz mais de julgar o que retirava o sono de sua cabeça. Na noite em que a Jedi chegou, ele não sonhou, pela primeira vez em muito tempo. Porém, acordou no meio da madrugada, com uma sensação de dormência pelo corpo e uma latente dor de cabeça, leve, porém incômoda. Teve de se concentrar um tempo para centrar sua atenção e presumir que algo estava o levando para algum lugar. Na noite em questão, ele foi parar na ala médica.

SATURNO • anakin skywalkerOnde histórias criam vida. Descubra agora