- 15 . ajuda não convencional -

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SATURYN QUASE DESMAIOU PELA FALTA DE AR

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SATURYN QUASE DESMAIOU PELA FALTA DE AR. Porém Hephaestus afrouxou seus braços, perplexo ao ouvir a voz da mulher.

- O que faz aqui?

- Dá para me soltar? – ela perguntou impaciente, tossindo imediatamente quando ele a deixou ir. – Bom te ver também.

- O que está fazendo aqui? – ele repetiu, demonstrando sua impaciência.

Só então Saturyn pôde vê-lo com mais clareza. Tinha o cabelo mais curto que a última vez, assim como as roupas pareciam mais sujas e surradas. De qualquer modo, a postura de Hephaestus jamais o deixava parecer realmente desleixado como um caçador normalmente aparentava. E ele sabia muito bem utilizar a própria aparência ao seu favor – afinal, tinha noção de sua beleza.

- Essa nave é sua? – ela questionou, ignorando a pergunta anterior.

- Depende de quem está perguntando – respondeu ríspido, cruzando seus braços já em uma postura defensiva. – O que você quer?

- Eu... – a frase de Saturyn morreu antes que terminasse. Parecia estúpido demais anunciar um roubo, principalmente para o caçador, afinal ele jamais a deixaria sair dali com aquela nave. Ainda mais se fosse entregar para Bane. – A venderia por quanto? – um improviso surgiu em sua mente.

- Não está à venda – Hephaestus virou-se e foi em direção à uma lateral cuja carcaça foi parcialmente retirada, deixando a fiação à mostra. Ele então pegou algumas ferramentas espalhadas pelo chão, e concentrou-se naquele ponto. -  Se isso for tudo, pode ir embora – concluiu, percebendo que Saturyn o seguia.

- Qual é, Phaestus! – ela bufou contrariada, pegando uma das ferramentas de sua mão, fazendo-o a encarar com as sobrancelhas erguidas, não acreditando na audácia que ela teria ao ir até seu encontro somente por uma nave. – Preciso de ajuda.

- Bem me pareceu – ele se desvencilhou, voltando sua atenção para os fios soltos e prejudicados, provavelmente pelo material não resistente os quais foram produzidos. – Qual o problema?

- Meus créditos acabaram – Saturyn começou a se explicar, encostando-se em uma caixa de metal cuja altura ia até seu quadril, possibilitando que colocasse todo seu peso ali, descansando. – Encontrei Cad Bane na cantina e ele me ofereceu um trabalho. Ele quer sua nave até o fim do dia.

A risada de Hephaestus ecoou pela garagem, em um misto de descrença e escárnio.

- Isso é piada, não é? – questionou, ainda sorrindo. Porém, este sumiu quando o rosto de Saturyn denunciava a resposta mais óbvia - Você ficou maluca? –disse surpreso, abaixando seu tom de voz em uma tentativa de não chamar atenção externa. Olhando ao redor, segurou Saturyn pelo braço e a conduziu para uma pequena sala cheia de equipamentos de conserto. – Trabalhando para Cad Bane e me roubando? Onde você está com a cabeça?!

- Preciso dos créditos, Phaestus! – ela exclamou, forçando-o a soltá-la.– Agora, como podemos negociar?

- Não há nenhuma negociação – o caçador sussurrou entredentes, aproximando seu rosto ao de Saturyn, quase encostando seus narizes. – Você não vai tocar na Millennium, entendeu? Se você foi idiota de cair no papo do Bane, o problema não é meu.

SATURNO • anakin skywalkerOnde histórias criam vida. Descubra agora