Saturno era o Tempo para a mitologia romana. Impiedoso, talvez até cruel; e tal como o tempo em sua grandeza física, tinha essas características para Saturyn.
Uma mitologia reverbera por gerações, contando histórias de seus mitos remanescentes de u...
- QUEM TE ENVIOU? – ela retrucou com uma risada falsa, tentando soar confiante.
- Tem muita gente atrás de você, sabia? Cad Bane, os sith e toda a Guilda dos Caçadores... A lista é longa – Bossk disse, chegando cada vez mais perto com sua arma apontada diretamente para o tórax dela. Um movimento brusco que fizesse e acabaria morta. – Alguns a querem viva... Já outros... – encostou então, o cano frio acima da região de seu esterno, brincando com a sensação de tê-la sob seu comando. – Vai cooperar ou vamos ver isso do jeito difícil?
Saturyn estalou sua língua entre os dentes, fingindo estar pensativa.
- Sabe que eu prefiro do jeito divertido, né?
Ela então deu um passo para trás, já segurando o cano da arma e o apontando para cima, quando Bossk apertou o gatilho. O Trandoshano soltou um murmúrio irritado, empurrando-a com força para trás. Saturyn cambaleou em seus próprios pés, quase caindo ao chão, apoiando-se na parede para recuperar o equilíbrio. Quando o conseguiu, partiu para cima do caçador, que ainda tentava recarregar seu blaster, o apontando para baixo.
Aproveitando a distração, Saturyn correu pela lateral de Bossk, pulando em direção a parede para usá-la como impulso, conseguindo chutar o rosto do reptiliano com seu joelho e o fazendo tombar para trás. Ele colocou sua mão na região atingida, apontando sua arma em direção a ela novamente. Tudo que a Jedi podia fazer, era desviar dos tiros até que aquela munição acabasse. Mas diante de um cenário onde seu espaço de movimento era limitado, Saturyn tomou a decisão mais estúpida daquele dia, e correu para a beira da sacada, pulando dali sem saber onde acabaria pousando. Ela só precisava fugir de Bossk.
Não havia nada que ela pudesse usar para amortecer sua queda antes de cair do chão, principalmente porque o Palácio estava no topo de uma montanha. Então, ela teve de usar a Força para puxá-la de volta contra aquele castelo, indo diretamente ao andar abaixo do que estava, atravessando a vidraçaria de uma sala vazia.
Ela rolou pelos estilhaços que se partiram no chão junto ao seu corpo, sentindo-os encrustar-se em sua pele à medida em que avançava sua área de contato com estes. Definitivamente alguém ouviu aquele barulho e só podia esperar para que logo alguém sentisse sua falta antes que Bossk a encontrasse novamente. Sem dificuldade por ainda não sentir a dor dos pequenos cortes em sua pele, a mulher se levantou e observou aquela sala vazia onde estava, tentando localizar algum objeto que pudesse auxiliar em sua proteção. Mas era óbvio que um sofá não a ajudaria em grande coisa.
Mal teve tempo de se recuperar daquele golpe em seu corpo, quando ouviu Bossk pular pelo vidro quebrado, preso à uma corda a qual provavelmente se pendurou para chegar ali.
