- 11 . soluções diplomáticas, mas agressivas -

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VOLTAR PARA A FAZENDA DE CLIEGG LARS com o corpo de Shmi era o choque de realidade que o velho homem precisava para ter a certeza de que a esposa estava morta

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VOLTAR PARA A FAZENDA DE CLIEGG LARS com o corpo de Shmi era o choque de realidade que o velho homem precisava para ter a certeza de que a esposa estava morta. ainda que soubesse das mínimas chances de encontrá-la, sempre havia um fio de esperança que salpicava sua mente com a possibilidade de um dia revê-la. Mas ali, os quatro que permaneciam na fazendo assistiram, em silêncio, os Jedi retornarem logo pela manhã, agora com Saturyn no controle, enquanto Anakin segurava o corpo de sua mãe. Este, sem dizer uma palavra, apenas entrou na residência sozinho, ainda a segurando, provavelmente procurando algum lugar para enterrá-la dignamente.

Padmé encarou a outra mulher, que parecia exausta após mais uma noite não dormida. O corpo parecia prestes a colapsar pelo cansaço, mas havia algo sombrio que recaia sobre a expressão dela. A Senadora acreditava que o resgaste poderia ter sido traumático o suficiente para ter mexido com sua cabeça, sem imaginar realmente o que aconteceu entre os dois que alterou para sempre o modo como enxergavam a si próprios. Na verdade, Saturyn mal sabia como contariam toda a experiência para Padmé sem que soassem como dois psicopatas sem controle algum das emoções.

Anakin permaneceu em um ambiente interno da fazenda enquanto Owen preparava um túmulo para Shmi a poucos metros da casa. As duas mulheres, sentadas na mesma mesa onde Cliegg lhes contou sobre o Povo da Areia no dia anterior, permaneceram no mais profundo silêncio enquanto Saturyn colocava forçadamente um pouco de comida garganta abaixo, ainda que não sentisse fome alguma. Na verdade, seu estômago ainda se encontrava um tanto embrulhado e a sensação de enjoo lhe acometia tão fortemente quanto durante a penumbra da noite em que quase presenciou uma chacina. Ainda assim, ela não sentia medo de Skywalker, na verdade, quase compadecia-se de sua situação, como mencionara para ele antes de voltarem para a fazenda - mas também entendia a gravidade de seus atos perante sua servidão ao Código Jedi, que jamais o deixaria impune por aquilo.

- Estou preocupada - Padmé admitiu, fazendo Saturyn fitá-la com curiosidade. - Vocês dois não dizem uma palavra desde que voltaram.

- Eu sei - a outra respondeu respirando fundo, então bebendo mais um gole de suco. Coçou com as costas de suas mãos seus olhos cansados, cujas olheiras se tornaram proeminentes demais em relação aos dias passados. - Foi… Pesado. Ele não merecia ter visto a mãe daquele jeito. Ela ainda estava viva quando chegamos.

- Pobre Ani… - a Senadora lamentou, balançando sua cabeça em negação aos fatos. - Vamos até lá. Acho que ele precisa de nós agora, Saturyn.

Apesar de não querer se aproximar do Padawan naquele instante, ela não conseguiu se opor à Padmé que prontamente arrumou algumas coisas para que ele comesse, enquanto Saturyn terminava a própria refeição, à contragosto. E logo o encontraram mergulhado entre as máquinas quebradas do pequeno cômodo, como uma criança tentando fugir da realidade, não dando atenção para as duas quando se aproximaram.

- Trouxemos comida - Padmé disse quebrando o silêncio, colocando a bandeja em uma pequena mesa ao seu lado.

- Obrigado - ele disse monótono, sem se dar o trabalho de olhá-las. - Você está bem? - murmurou sem jeito, dirigindo-se à Saturyn, esperando que esta compreendesse que o questionamento era para si.

SATURNO • anakin skywalkerOnde histórias criam vida. Descubra agora