Capítulo 19 🥀

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Simone deu um passo para trás, encostando-se no balcão.

— É melhor ir ver o que está acontecendo.

— Já estou vendo - Respondeu Soraya, com um sorriso malicioso, saindo para atender à menina.

Simone também sorriu, imaginando como tinha conseguido viver sem aquela mulher até então.

Na enorme cama da torre, Simone a penetrava com os dedos, cada investida levando-a para mais perto do clímax. Ela fitava o rosto perfeito, observando cada reação. Lá fora a tempestade rugia. Dentro do quarto, a paixão era avassaladora. Soraya forçou os calcanhares contra o colchão, erguendo-se para recebê-la, num ritmo intenso, perfeito. Logo o êxtase refletia-se no rosto dela, e Simone também atingiu o clímax, abraçada a ela, os músculos femininos prendendo-a. Nunca havia se sentido tão vulnerável. Nem tão poderosa. Soraya estremeceu de prazer, entregue às sensações deliciosas e à felicidade que inundava sua alma.

— Oh, Simone - Gemeu, passando as pernas à volta dela.

Soraya beijou o pescoço, o rosto marcado, enquanto a paixão lentamente se acalmava, trazendo-as de volta há terra. Nenhuma delas falou. Nem saberiam que palavras usar. Mas Soraya admitiu, em silêncio, que estava loucamente apaixonada por Simone. A Fera terna e gentil, a princesa ferida. E tinha medo de sofrer de novo. Porque, se isso acontecesse, sabia que, dessa vez, nunca mais se recuperaria.

O furacão foi chamado de "Helen" era devastador. As ondas erguiam-se a mais de cinco metros de altura, arrebentando na praia e subindo para o vilarejo. Era como se a natureza punisse aqueles que ousavam viver tão perto do oceano.

Soraya admirava aquela força, mas sabia que seria diferente se não estivesse segura no castelo. A chuva estava cada vez mais forte e a previsão era de que iria piorar. Assim, não desviava a atenção das notícias do rádio. As portas e janelas balançavam com o vento. Os vidros tinham sido reforçados e protegidos. Do lado de fora, sacos de areia alinhavam-se junto às portas do salão. Do lado de dentro, Soraya colocara toalhas para absorver a água que o vento jogava por baixo das portas. Aquele era o único lugar da casa que os preocupava.

Charllote brincava com as bonecas, enquanto Simone percorria a casa, checando tudo, verificando o telhado para garantir que não haveria vazamentos. Soraya entrou no quarto amarelo, sem acender as luzes, e como a energia já tivesse ameaçado acabar várias vezes, acendeu a lanterna. Olhando pela janela, observou a cidade deserta. A última balsa partira no dia anterior, levando todos, exceto os policiais.

Um relâmpago clareou o céu, iluminando a cidadezinha abaixo. Meu Deus pensou Soraya.

— Simone! - Chamou. — Venha depressa. - Ela entrou correndo no quarto.

— Não devia ficar perto da janela - Disse, aproximando-se. — Não está protegida.

Ela ainda olhava atentamente para a vila.

— O vento vem do outro lado - Observou, olhando-o por cima do ombro. — Mas ainda há gente lá embaixo.

— O quê? - Simone correu para a janela.

— A cidade está inundada. Quando o relâmpago clareou tudo, vi os policiais tentando colocá-los em segurança. – Ela apontou, mas não era possível ver nada no escuro. — Precisamos fazer alguma coisa.

— Pensei que todos tivessem ido para o continente.

A cada furacão, durante os últimos cinco anos, a ilha era completamente evacuada, com exceção dos policiais. E dela própria. Simone não podia ficar de braços cruzados, na segurança do castelo, vendo-os lutar contra a tormenta. Tirando do bolso o rádio que usava para se comunicar com Tom , explicou-lhe a situação.

Beauty And The Beast  ( Versão Simoraya )Onde histórias criam vida. Descubra agora