Uma Troca de Favores [NaMo]

Nem todos os planos dão certo

A dor de cabeça era irritante, mas Sana abriu um sorriso feliz ao acordar e se deparar com Tzuyu. Ela ainda estava ali. E também acordada. Das outras vezes que dormiu com Tzuyu, ela sempre dava um jeito de sumir do quarto antes que acordasse.

Desta vez não. Sana sentiu um cuidado vindo dela, como se quisesse se certificar de que estava bem.

— Bom dia Chewy. — A Minatozaki disse baixo enquanto olhava para ela. — Ocupada me observando?

— É um bom dia pra você? — Tzuyu murmurou ignorando a última fala da japonesa.

— E por que não seria?

— Porque você deu uma de cachaceira ontem.

— Só uma dorzinha de cabeça.

— Nada além disso?

— Nada além disso. — Sana alcançou a mão dela e começou a brincar com seus dedos.

— Nesse caso então, bom dia, Sana.

— E pra você? Será que vai ser um bom dia? — Perguntou enquanto observava a cara sonolenta da Chou.

— Depende de você. Eu preciso da sua ajuda mais do que nunca. — Tzuyu disse animada. Sana ergueu uma sobrancelha. Isso era novidade. — Nós vamos reinaugurar a padaria.

— Reinaugurar?

— Sim. Coisas novas. Ainda não sei quando, mas vamos nos preparar.

— Então vai ser um bom dia. Eu vou te ajudar.

Sana viu um sorriso surgir no rosto de Tzuyu. Teve certeza de que esse era um dos momentos em que Tzuyu estava feliz de verdade. Porque ela permitiu que soubesse.

— Que bom. A sua ajuda é a única que eu preciso.

Tzuyu entrelaçou sua mão na de Sana. Era realmente bom se deixar levar, era bom não se preocupar com mais nada naquele momento, só em seus planos com Sana.

E dessa maneira, elas dormiram mais duas horas.

[...]

— Ia demorar bastante, mas...

— Nada demora na mão de quem tem poder aquisitivo, Momo. — Nayeon lançou uma piscadela para a namorada. Pelo visto, tinha mais coisas pra ensinar a ela. As facilidades que o dinheiro traz. — Vai fundo.

Momo compartilhava seus planos de querer expandir os negócios no ramo das frutas. Queria abrir uma espécie de mercadão, mas continuaria com a barraca.

— Não posso simplesmente ir fundo. Vai que tentam me passar a perna? Eu lido com dinheiro a vida inteira, mas nem o dinheiro da feira inteira se compara.

— É por isso que eu vou ser a sua consultora de negócios. E outra, tem a Mina também. — Nayeon disse e segundos depois se lembrou que planos pro futuro não eram algo que Mina poderia fazer.

E se lembrou também que esse era o motivo que impedia ela de ser transparente com Momo. Um segredo escondido dela. Nayeon nem imaginava que Momo também a escondia algo.

A coreana afastou os pensamentos quando viu Momo bem na frente, parada encarando o vidro de um estabelecimento de esquina.

— O que foi?

— Nayeon, você sabe que na verdade, nós duas também podemos...Chutar o balde. — Momo encarou ela pelo reflexo do vidro, e lembrou de quando estavam na mesma posição tempos atrás, na loja de roupas. Quando colocaram seus sentimentos na mesa. — Nós podemos sair por aí e viajar. Claro, depois que o Yoshi for maior de idade. Não precisamos trabalhar nem nada.