Uma Troca de Favores [NaMo]

Dia 2

Off

Isso era novo. E era algo novo muito bom. A euforia, a animação, só de ver aquela garota parada no portão Nayeon sentiu um arrepio correr pelo corpo.

A mesma correu até o portão e o abriu imediatamente.

— Então oi de novo, vizinha. Veio me dar as boas vindas? — A Im abre um sorriso radiante.

— Mais o menos isso. Aqui, esses estão frescos e docinhos, são os melhores modesta parte. — Momo entregou uma sacola. — Antes que diga alguma coisa, tome isso como...

— Um presente de boas vindas?

— É. Isso, um presente de boas vindas. 

Vários morangos bem vermelhos e bonitos dentro de uma caixa na sacola. Momo ainda se sentia culpada por ter sujado a camisa dela. Era que faltava pra Nayeon se derreter inteira.

— Não precisava Momo. — A japonesa se prepara para pedir que Nayeon aceite, mas antes que diga alguma palavra é interrompida. — Deixar de aceitar é fazer desfeita. Você é sempre assim?

— Assim como? 

— Simpática, gentil e adorável? — Nayeon responde com tom de galanteio que passa despercebido pela Hirai. Cedo pra começar a tentar se aproximar mais de Momo, mas para Nayeon é difícil demais ficar sem tentar nenhum tipo de flerte.

— Acho que só com as novas vizinhas. — Lança uma piscadela.

Por favor não brinca desse jeito que eu acredito...

— Se eu não tivesse acabado de chegar eu te ofereceria um café... 

Droga.

— Não seja por isso, vamos tomar um café lá em casa? 

OH!

Isso é mil vezes melhor!

— Vamos sim, vizinha.

[...]

Momo e Nayeon foram conversando e conversando e conversando...

Como se fossem velhas conhecidas. Tiveram uma conexão imediata. Se os sentimentos repentinos da coreana fossem recíprocos eu diria que foi coisa de almas gêmeas. Mas ainda tem muita água pra rolar.

Nayeon contou a história azarada do seus últimos dois dias onde sua vida virou do avesso igual a uma peça de roupa, e Momo contou a sua.

A feirante do sorriso fofo vem de uma família que já tem a tradição da feira. A mãe de Momo, Yuko não tinha lá uma família muito boa. Um dia conheceu um rapaz e as coisas até que melhoraram, ele então recebeu uma proposta de emprego em outro país. Após Momo nascer, Yuko e o rapaz foram construir uma vida na Coréia. 

Os anos foram passando, Momo e Soyama cresceram e Yuko ficou viúva. 

Soyama casou cedo e teve um filho, Yoshiro. E quando a criança tinha dois anos perdeu os pais em um acidente. Yuko já estava debilitada então Momo passou a cuidar da barraca na feira e do sobrinho. Um tempo depois Yuko faleceu e Momo ficou sozinha com o sobrinho para criar.

Nayeon só foi se admirando cada vez mais com ela. O que tinha passado não chegava nem perto do que Momo tinha aguentado. E além de tudo, Momo e Nayeon descobriram ter certas coisas em comum.

— Eu gostei de você. Você gostou de mim. — Momo diz com um sorriso ladino e levanta da cadeira. — Sabe o que temos aqui?

Nayeon arregala levemente os olhos com o tom estranho usado por ela. Seu coração acelera quando a japonesa se aproxima devagar, com o olhar de um predador. Onde foi parar a garota doce e meiga? Porque essa de agora acabou de desencadear pensamentos pra mais tarde...