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Ela teria ido de noite mesmo, mas como Sana disse, perderia a viagem. Momo pulou da cama tão cedo quanto um galo acorda para cantar, e ficou de prontidão na janela esperando pelo primeiro sinal de Nayeon.
Nayeon mal conseguiu dormir. Observou a noite inteira o sono poderoso de Tzuyu. De alguma maneira vê-la dormindo bem, a deixava menos preocupada. Apagada Tzuyu não teria tempo de se torturar por não ter conseguido fazer o que devia. Então Nayeon foi embora bem cedo.
Chegou em casa, tirou o monte de casacos e jogou na poltrona junto com a mochila. Foi até o quarto e pegou um cobertor. Mas trocou a cama pelo sofá. Apenas para se esquentar mais com o sol que atravessava a cortina clara e batia no móvel.
A chave girando na porta fez um sinal de alerta piscar.
Só pode ser uma pessoa.
Porque depois que trocou o esconderijo da chave reserva, apenas uma pessoa tinha outra chave para entrar na casa. E mesmo cheia de ansiedade em saber o que ela fazia ali aquela hora da manhã, Nayeon fingiu que estava dormindo.
Os passos de Momo eram lentos demais pra uma distância tão curta entre a porta e o sofá. Ela deu a volta e parou em frente a Nayeon. Se abaixou, e então Nayeon sentiu a mão dela acariciar seu rosto de leve. Ia tentar ignorar, continuar fingindo que estava no milésimo nível de descanso. Como se conseguisse fazer isso com ela por perto.
— Sei que não está dormindo. — A voz doce de Momo tão pertinho do ouvido fez Nayeon se arrepiar inteira.
Abriu os olhos tentando não mostrar o quanto estava derretida. Mas era impossível. Principalmente quando Momo a encarava com aqueles olhos que poderiam desarmar até o bandido mais perigoso.
— O que te trouxe aqui tão cedo, Hirai? — Nayeon pelo menos conseguia se fazer de difícil por meros minutos. Tentou inclusive desviar o olhar dela, encarando o teto.
Ainda dava para ver de relance como Momo se hipnotizava fácil ao vê-la. Nayeon nunca soube como não se sentir a mulher mais importante do mundo com Momo, pois era assim que ela a fazia se sentir.
— Você. — Ela respondeu. — Eu tenho muito medo de te perder. E essa possibilidade me deixa insegura. E...Além disso, eu nunca seria a pessoa que te impede de seguir em frente. — Disse de um jeito calmo. — Se você quisesse, eu iria te apoiar.
Nayeon prestes a interferir e falar alguma coisa, foi calada pelo dedo indicador de Momo em seus lábios.
— Me desculpe. Por agir pelas suas costas. Por ter sequer pensado que faria isso, que iria embora. Eu sei que não iria. Era o meu medo falando mais alto. — Momo completou com um sorriso tímido. Nayeon perdeu todo o sono só ouvindo a voz dela. O jeito concentrado como ela se desculpava, a proximidade, Nayeon já tinha aceitado as desculpas antes mesmo dela começar a falar.
— Me desculpe também. Por tudo. Eu te amo, Momo. Não quero te machucar de nenhuma forma, nunca mais.
Momo balançou a cabeça, achando fofo o tom cuidadoso.
E rapidinho o silêncio voltou ao ambiente enquanto elas trocavam olhares. Nayeon estava séria. Só conseguia formular um único pensamento.
Preciso me atracar com ela.
Urgente.
— Quer esquecer tudo o que passou? E... — A aquela altura, Momo já conhecia todas as facetas de Im Nayeon. E sacou na hora o que a expressão séria dela significava. Se inclinou ainda mais, a pouquinhos centímetros de cair em cima dela. Tudo para deixar seus lábios no limite da distância dos dela. — As outras coisas que nem vêm ao caso?
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Uma Troca de Favores [NaMo]
FanficDepois de falir, Nayeon é obrigada a ir morar em um bairro mais simples. E conhece Momo, sua vizinha feirante dona de um sorriso fofo, que descobre ser herdeira de uma fortuna. Entre idas e vindas e cada vez mais amiga de Momo, Nayeon resolve retorn...