O universo conspira contra ou a favor?

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Era muito melhor do que Nayeon tinha imaginado naqueles mil cenários diferentes em sua cabeça. Os lábios de Momo eram macios, pareciam veludo. 

E Momo só conseguia pensar nas várias oportunidades que tinha perdido. Im Nayeon era viciante. Não era como se aquilo fosse ter algum gosto, mas beijar ela era tão bom quanto o sabor doce e refrescante da melhor das melancias.

Era o encaixe perfeito. E esse encaixe perfeito estava sendo caótico. Nayeon empurrou de imediato Momo contra a outra parede, aprofundando mais ainda o toque. Enquanto a japonesa a puxava pra perto com as mãos em sua cintura. 

Depois de mais algum tempo das duas tentando tirar proveito daquilo como se fosse a primeira e última vez que se beijariam, elas se separaram. Nayeon voltou para a parede contrária e Momo permaneceu na mesma posição também encostada.

Momo colocou a mão no peito, tentando controlar a respiração, sem tirar aquele sorriso bobo do rosto.

— Então foi isso que eu perdi...

Nayeon sorriu também ao ouvir as palavras dela. 

— Eu posso contar nos dedos cada uma das vezes em que eu pensei em fazer isso. —A Im disse e Momo se aproximou, seus rostos ficaram colados novamente. — Sempre imaginando...Como seria. 

— Melhor do que imaginar é sentir como realmente é. 

Elas deram início a outro longo beijo, porque afinal, é impossível sentir uma vez só.

[...]

Mina queria um dia colorido, um dia de criança. Esse era um dos itens da lista que ela tinha feito desde o fatídico dia naquela fatídica semana em que descobriu estar doente. Ela não usava nunca a palavra morte. Nem em seus pensamentos e muito menos em suas palavras. Para Mina, era mais um prazo. Ela tinha um prazo de validade. E na verdade todos tem, a diferença é que ela sabia quando o dela iria vencer.

Naquele simples dia depois de uma briga com a mãe, Mina saiu enfezada da casa dos pais e acabou caindo e batendo a cabeça. Por insistência do pai que já estava bem doente, ela foi ao médico. E ao fazer exames descobriu o tumor. Segundo o doutor as chances da cirurgia de remoção dar certo eram pouquíssimas.

A japonesa decidiu então que era melhor se ninguém soubesse. Mas além de ter que lidar com isso ela teve que lidar com a morte do pai na mesma semana. Só que quando descobriu sobre a existência de uma irmã um pouco antes, Mina ganhou fôlego novo. Tinha acrescentado um novo item na lista:

• Ser a irmã que Hirai Momo tem e precisa

E a lista cresceu ainda mais quando conheceu Chaeyoung. 

A situação nunca foi tão mista. Ter ela amenizava tudo e ao mesmo tempo tornava mais difícil. Como iria dizer para Chaeyoung que só tinha mais seis meses? E como iria ver ela sempre e esconder isso? Quando chegasse perto do fim ia desaparecer da vida dela sem nenhuma explicação?

E Mina não sabia qual era a intensidade dos sentimentos de Chaeyoung. Não tinha certeza e preferia viver os momentos com ela sem se preocupar com isso. 

E nem Chaeyoung sabia ao certo. 

Ela gostava muito de Mina, mas Chaeyoung nunca foi de coisas muito sérias, e pensou que por enquanto não precisava se "aprofundar", só ver onde aquilo iria dar. Até o dia de hoje. Chaeyoung viu todos os lados da japonesa, como não tinha visto antes. 

— Pronto Yoshi? — Mina perguntou logo depois que o moço do parque apertou os cintos do garoto.

— Pronto!

— Então é o seguinte, não pode fechar os olhos por nada entendeu? Tem que aproveitar quando o carrinho chegar lá no topo, e ver todo o resto do parque! 

Uma Troca de Favores [NaMo]Onde histórias criam vida. Descubra agora