Capítulo XXVI - Oito braços, oito pernas e quatro rostos.

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{sem revisão}



Morrer.

Sempre lidei muito bem com a morte dos outros, e também com a incerteza que minha própria morte me traria. É como dormir para sempre? Existe um pós vida, em que encontrarei meu paizinho?

Engraçado, não estou disposta a descobrir isso agora.

Me joguei para fora da cama, do outro lado de Jack.

— "Acha que pode fugir?" — ele riu, subindo no colchão.

Achar? Você não parece ter pensado muito bem nesse plano.

Dei a volta na cama, saindo do quarto as pressas. Logo, o monstro já estava correndo atrás de mim. Agora que o vi me ameaçar, ele não poderia me deixar escapar.

Eu sabia que ele não desistiria. Preciso de alguém que me proteja. Christopher não acreditaria em mim, mais uma vez.

Socorro.

Estava ficando difícil correr, eu gritava por ajuda, mas ninguém parecia escutar.

Fala sério! É um castelo cheio de lobos! Como não há ninguém que me ouça!

Talvez estejam todos dormindo, e o grito cansado e passageiro não seja o suficiente para acorda-los.

Meu marido estaria dormindo também? Christopher, se estiver ouvindo isso, eu te odeio.

Te odeio por me deixar morrer. A culpa é sua. Morra corroído por ela.

— "A-ah!" — tropecei nos degraus, caindo no meio do salão do trono. Tentava chegar no escritório de meu marido, mas falhei.

Tentei me levantar, mas Jack me pegou e me jogou no chão. Tentei lutar contra, mas ele subiu em mim, tentando me segurar.

— "Me solta!" — eu gritava o mais alto que conseguia.

Ele me deu um soco tão forte no rosto, a ponto de me deixar tonta. Não consegui me mexer por alguns instantes.

Ele me levantou, me arrastando para algum lugar.

— "Ande! Vou te matar sentada no trono que preza tanto a ponto de matar a própria mãe, MINHA MULHER." — subimos no altar dos tronos, meu e de Chris.

Quando ele ia me sentar, alguém o segurou, e então Jack me deixou escapar.

Para quê? Antes eu estivesse sentada em meu trono.

Por estar tonta, quando ele me soltou abruptamente, eu despenquei do altar.

Direto no chão.

— "Não! LIZA!" — era Sophie. Ela tinha me salvado.

Bati a cabeça no chão, e tudo ficou turvo novamente. Engraçado, é a mesma visão que tenho quando estou com meu marido, prestes a gozar.

Irônico, não?

— "Cale a boca! Beta maldita." — Sophie gritou de dor. Não sei como, mas Jack a havia machucado.

— "Chae.. Chae.." — não conseguia falar, minha voz era um sussurro. Quando vi algo mais perto de mim, uma mancha.

Era sangue. Meu sangue, saindo pela minha cabeça.

— "Liza!" — minha prima ainda gritava, mas não conseguia a enxergar.

Mas conseguia ver ele. O monstro.

— "Ainda está viva? Que pena. Fique tranquila, usarei essa faca mesmo para cortar sua cabeça fora, como fez com minha mulher." — Jack se abaixou ao meu lado.

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