Capítulo 11

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Tudo bem que eu tinha falado que ninguém podia saber do nosso encontro daquela noite, mas eu precisiva da ajuda de uma pessoa que entendia tudo sobre moda: Allyson Brooke. E no fim das contas, ajudei-a a bolar o texto que seria espalhando para a imprensa, que ela encheu de tantos detalhes que ea achei até que ela estivesse escrevendo um livro. Mas eu também devia ter levado em consideração que o senso dela para roupas era um tanto quanto perigoso. De investigadora maloqueira, fui transformada em bonequinha de luxo versão romântica. Quase desmaiei quando me olhei no espelho, Eu vestia saia plissada rosa claro, blusa regata branca, toda rendada. Nos pés, sapatillas brancas, cheias de flores em tons de rosa e vermelho. E a maquiagem? Tudo rosa, tudo claro, tudo fofo. Meus cabelos foram enrolados com baby-liss e caiam por meus ombros em grandes ondas iluminadas.

- Não faça esta cara de dor de barriga - ralhou Allyson - Você está a coisa mais linda deste mundo. Olha só, a maquiagem até destacou a cor dos seus olhos.

Ela me olhava como uma mãe olha sua filha na primeira apre- sentação de balé de sua vida. Respirei fundo.

- Não sei se precisava disso tudo respondi, alisando a saia, tentando fazer com que ela cobrisse mais do que metade das minhas coxas. - Ela me conheceu de calça jeans e regata e conviveu comigo assim durante cinco meses!

- O que prova que está na hora de surpreender a gata!
Ri irônica

- Leu numa daquelas revistas adolescentes?

- Talvez - Allyson respondeu rindo. - Você devia ter lido também. Pelo menos saberia o que vestir na hora de dar o bote! Respirei fundo e me preparei para sair. O carro já me esperava do lado de fora, e eu tinha uma noite longa demais pela frente.
            
                    ~~****~~

Minhas mãos estavam em cima do meu colo como uma garotinha comportada. Aquela sala de estar já me era familiar, mas, naquele momento, parecia estranha. A cozinheira que me recebeu. Camila estava no telefone, mas não demoraria. Enrolei uma mecha de cabelo no dedo e comecei a cantar Johnny Cash baixinho. Pelo menos eu achei que estava baixo.

Obrigado por me lembrar dessa música invadiu o ambiente, e eu me levantei num pulo. Ao me ver, ela parou. Seus olhos subiram e desceram por toda extensão de meu corpo deixando-me imensamente, extremamente e grandemente constrangida. Eu disse a Allyson que era muito, mas ela não me deu ouvidos.

- Hey - foi tudo o que consegui dizer, apesar de todo o meu esforço.

Ela se aproximou, pegou minhas mãos e depositou um bejo carinhoso em cada.

Você está linda! - ela disse maravilhada.

Culpa da Allyson - respondi de imediato - Deixei aquela doida me usar de cobaia e deu nisso.

Camila sorriu.

Está incrivel, de verdade.

Sorri.

- Obrigada.

Ela indicou o sofa para que eu me acomodasse e sentou-se diante de mim, na mesa de centro. Minhas pernas estavam fechadas por causa da saia, e isso a obrigou a colocar as suas uma de cada lado do meu corpo. Era uma posição que precisava de muita confiança. Um movimento qualquer e eu acertava partes dela que lhe renderiam um desconforto considerável. Mantive os olhos em meus joelhos até ver a mão de Camila pousando sobre eles, e a outra levantou meu rosto.

- Me conte a verdade, Lauren - disse ela. - Qualquer que seja, me fale. Isso não vai atrapalhar nosso jantar nem a nossa noite. Mas eu preciso entender o que aconteceu.

Respirei fundo. Mesmo depois de uma boa conversa com Allyson, eu não estava convencida de que aquela era a melhor coisa a ser feita. Podia colocar tudo definitivamente na lama. Ela me lançou um olhar encorajador, e eu engoli em seco.

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