! cellbit e seu ritual

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A base da Ordo Realitas estava surpreendentemente quieta naquele dia, muitos dos agentes já haviam saído em missões, alguns estavam pesquisando na sala de pesquisa e outros estavam apenas descansando na enfermaria.

Mas então, um alto barulho se fez presente – acabando com toda e qualquer paz daquele lugar, o barulho de uma explosão. Cellbit, que se encontrava analisando as armas que Ivete havia oferecido, imediatamente se virou para a direção de onde suspeitava vir o barulho.

A loja de Agatha.

Sem precisar ir até lá averiguar o motivo de tal barulho, logo duas figuras saíram daquela sala: Agatha e Dapper.

— Daora! — a adolescente exclamou animada, enquanto Dapper pulava alegremente. Ambos estavam sujos com algo que se assemelhava a pólvora.

Agatha rapidamente voltou à sua loja e pegou um caderno, anotando algo rapidamente lá.

— Dapper, vamos pro laboratório, precisamos fazer mais testes! — e assim, ela e Dapper sumiram enquanto corriam até o laboratório da Ordo Realitas.

Atrás de Cellbit, Ivete riu.

— Esses dois juntos vão acabar sendo um problema para essa base um dia. — seu tom era humorado enquanto limpava sua espingarda.

Cellbit sorriu, concordando. Agatha por si só conseguia ser extremamente hiperativa quando se tratava do Outro Lado, e agora que Dapper havia se juntado oficialmente a Ordo como um "estagiário mirim", que compartilhava os mesmos sentimentos que a adolescente sobre o Outro Lado, ambos haviam se tornado uma dupla dinâmica.

O brasileiro analisava as armas postas na mesa à sua frente, pensando em qual armamento levar. Sua espada já estava bem guardada em suas costas, mas queria levar uma arma de fogo como garantia, afinal, nunca se sabe o que poderiam encontrar em um laboratório abandonado. Principalmente um laboratório abandonado – antigamente utilizado por ocultistas para realizarem experimentos.

Pegou um revólver na mão analisando-o quando de repente sentiu uma respiração contra a sua nuca. Alerto, se virou para trás com a arma em mão.

Roier riu e colocou suas duas mãos para cima, em sinal de rendição.

— Ay, gatinho! — exclamou divertido com a situação, observando uma cor rubra tomar conta do rosto do brasileiro.

Cellbit bufou ignorando aquela situação, guardando o revólver na mesa.

— Um dia você vai acabar matando alguém aqui desse jeito, loirinho. — Ivete comentou risonha. — Você sempre se esquece de que estamos seguros dentro da Ordo.

Atrás de Cellbit, Roier soltou um som em concordância e chegou ao lado do brasileiro, se debruçando sobre a mesa de armas.

— Você viu, Ivetinha? Quase que eu morri! — dramatizou, colocando a mão na testa. — Duvido que vocês conseguiriam voltar a trabalhar normalmente sem a presença de uma pessoa linda, maravilhosa e inteligente como eu aqui.

Cellbit revirou os olhos, cruzando os braços sobre o peito enquanto encarava o mexicano.

— É só não se aproximar de mim desse jeito né, porra. — seu tom era mau humorado.

Roier se inclinou e tocou o nariz de Cellbit com a ponta do dedo, fazendo gracinha.

— Gatinho zangadinho~

Os olhos do brasileiro se arregalaram, fuzilando a figura do mexicano com o olhar.

— Pare de me chamar assim! — exigiu, se virando novamente para Ivete. Pelo o seu próprio bem, ignoraria a presença daquele homem estupidamente bonito.

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