! você sabe que eu só quero te ver seguro.

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— Vou levar a sua reação como um "sim". — Roier franziu a testa, guardando o kit de volta a onde tinha encontrado. — O que há de tão ruim com esse tal de Jackson?

Cellbit respirou fundo.

— Ele foi preso por abuso sexual, necrofilia, sequestro, roubo, incêndio criminoso e mais coisas horrorosas. Ele é um monstro, ninguém sequer consegue chega perto do quão desgraçado esse cara é. — o brasileiro em um ato surpreendente, pegou o braço de Roier e o puxou para perto de si. — Vamos tentar trocar seu companheiro de cela, assim que a gente sair daqui-

Roier olhou de forma reprovadora para ele.

— Gatinho, o que eu te disse? — tentou tranquilizar a preocupação e agitação perceptível na face do brasileiro. — Não sou carne fácil. Não se preocupe comigo, eu dou conta disso.

O mais velho assentiu, mordendo seu lábio e abaixando a cabeça para encarar seus pés que balançavam de ansiedade. Estava preocupado, de fato, afinal, Jackson era uma besta. Quantas pessoas em Alcatraz já morreram ou passaram por horrores em suas mãos? Mas ele confiava em Roier, e rezava para toda e qualquer divindade que Roier não fosse mais uma vítima.

Não. Isso nunca, jamais poderia acontecer.

Ao levantar a cabeça, encontrou o olhar de Roier fixado em seus lábios. Ele ao perceber que havia sido pego no flagra, desviou o olhar e coçou a garganta.

— Vou te deixar aí sozinho enquanto você faz o ritual, então. Vou encontrar Pac e Mike, e mais tarde no horário de jantar a gente se reúne no refeitório pra discutir o que descobrimos. — sua voz era levemente envergonhada.

Quando Roier se virou para sair, Cellbit não conseguiu se impedir de agarrar sua mão, o impedindo de ir embora.

— O que-

Em um momento de fraqueza e vulnerabilidade, Cellbit puxou Roier contra si e selou seus lábios, arrancando um gemido de surpresa por parte do mexicano. O contato não durou muito tempo, afinal, logo Cellbit caiu em si e percebeu o que estava fazendo. Se separou abruptamente de Roier, coçando a cabeça em um ato de nervosismo.

— É… Vou começar o ritual. — não arriscou olhar para Roier diretamente, tinha medo do que encontraria em seu olhar.

Roier, ainda atordoado, apenas assentiu enquanto saía rapidamente da enfermaria.

E então Cellbit começou o ritual, alheio ao olhar de um terceiro indivíduo que acompanhava toda aquela cena.

Ao realizar o ritual, observou que estranhamente não havia muitos resquícios de atividade paranormal por aí. A única coisa que conseguiu detectar foi a faca amaldiçoada que ElQuackity guardava em algum lugar de sua cela.

Suspirou, frustrado.

[🌾]

— Cadê o Cellbo?

Roier coçou a garganta, ainda envergonhado com o que acabou de acontecer entre ele o brasileiro na enfermaria.

— Ele… Bem, acho que- — começou a gaguejar, balançando a cabeça para tentar se recompor. Era apenas um selinho! Por que ele estava agindo daquela forma?! — Ele disse que ia fazer um ritual e que logo viria.

Mike assentiu.

— O ritual de terceiro olho, não é? — Mike suspirou. — Já tentamos quando entramos aqui, mas nunca é demais fazer de novo para confirmar.

Pac olhou para Roier, franzindo a testa. Mas se percebeu algo de estranho no mexicano, decidiu não falar.

Logo o brasileiro também chegou, ainda também envergonhado com sua decisão impulsiva.

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