! cellbit e o mistério da vila

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Roier pensou rapidamente, pegando uma pequena machadinha que carregava em sua mochila e atirando no zumbi de sangue, fazendo-o cambalear para o lado. Cellbit estava de olhos arregalados, pois por um momento jurou que aquele zumbi avançaria para cima de si, o ferindo gravemente.

Jaiden não tardou a agir também, usando seu arco e flecha para finalizar aquele monstro.

— Porque os zumbis de sangue te amam tanto? — Roier perguntou, soando genuinamente curioso. — Estou com ciúmes.

Cellbit fez uma careta ao alternar seu olhar entre o zumbi e Roier, revirando os olhos. O brasileiro se aproximou do corpo agora morto do monstro, analisando-o. Ao observar mais de perto, chegou à conclusão de que o corpo anteriormente humano e morto não esteve ali por muito tempo.

O que mais chamou a atenção de Cellbit, no entanto, foi o tamanho e formato do zumbi. Já havia visto diversos monstros como aquele, mas eles geralmente costumam ser maiores, mais resistentes e brutais.

— Esse corpo não pertencia a um adulto, isso é uma certeza. — Jaiden completou os pensamentos de Cellbit enquanto observava junto a ele.

Cellbit pegou um pedaço de metal jogado no chão e o utilizou para mexer na poça gosmenta que agora restou do monstro.

— Será que era só esse corpo que estava aqui? É melhor analisarmos melhor o local. — Forever disse enquanto já se distanciava dos outros.

Cellbit se levantou e olhou para os lados, em busca de algo para analisar.

— Eu acho que há algo além disso. Esse espaço por mais que seja grande, não parece ter importância o suficiente para ser o motivo de um ritual tão forte quanto aquele. — observou, se virando para Jaiden. — Jaiden, você consegue conjurar algum ritual para checar se há mais presença paranormal por aqui? Algo camuflado ou coisa assim.

Jaiden sorriu e logo pegou um giz de sua bolsa de rituais, já preparando uma área para começar o desenho.

— Claro, uma ocultista sempre está preparada. — sorriu arteira e então começou a preparar tudo, conjurando o ritual.

Roier, que antes havia saído para analisar o ambiente de fora, voltou com uma expressão surpresa.

— Eu encontrei algo que talvez te interesse. — Roier disse, encostando no balcão em que Cellbit trabalhava, tentando restaurar um documento que estava molhado.

Cellbit imediatamente arqueou uma sobrancelha, mas não tirou os olhos daquele papel. Parecia ser um pedaço de um diário, no entanto, as letras estavam borradas. A água espalhou a tinta pelo papel, mas com um pouco de sorte e habilidade, talvez o brasileiro conseguisse recuperar aquele papel.

— O que é?

— Há dois quilômetros daqui há uma vila. Pode ser a vila do garoto que desapareceu.

Cellbit então pegou a folha e colocou em cima do balcão, pegando um pouco de papel higiênico que havia guardado em sua mochila e a pressionando em cima, de forma que não grudasse. Roier coçou o queixo e arqueou sutilmente a sobrancelha ao ver a visão do papel higiênico, mas resolveu não questionar. O motivo pelo qual aquele brasileiro carregava aquele rolo de papel higiênico? Bem, nunca se sabe, certo?

— Ah, na verdade não. — Cellbit respondeu após drenar um pouco da água presente no papel. — A criança desaparecida é de uma casa próxima, não uma vila.

O mexicano cruzou os braços sobre o peito.

— Mas isso não é estranho? Uma família morar sozinha em uma casa no meio do mato?

— Vai ver eles só queriam paz, longe da muvuca que são as cidades. — o brasileiro deu de ombros. — De qualquer forma, essa foi uma ótima descoberta. Assim que terminarmos aqui, iremos para essa vila investigar.

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