! cellbit aprendeu a revidar.

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Dizer que a base da Ordem estava um caos era um eufemismo gigantesco, pelo menos, naquela situação. Pessoas andavam para um lado e para outro, algumas sussurravam enquanto outras apenas observavam a situação imposta ali.

Cellbit havia acordado péssimo naquele dia, pois aparentemente, seus pesadelos haviam voltado. Havia um tempo desde que acordava de um de seus terríveis pesadelos, e o brasileiro sinceramente queria que continuasse daquela forma. Uma pena que nada funcionasse da maneira que ele queria. A vida realmente não era um morango.

Quando entrou no Suvaco Seco, imediatamente notou que algo extremamente estranho estava acontecendo ali. Primeiro, a porta estava fechada. A porta do bar raramente está fechada. E porque havia tantos agentes reunidos? Alguns especialistas estavam em pé observando uma espécie de círculo no chão, enquanto alguns ocultistas faziam rituais ao redor, com propósito desconhecido.

— Cellbit! — Layla, uma agente bem conhecida da Ordem, se aproximou de Cellbit. Ela vestia suas costumeiras roupas roxas, no entanto, sem seu skate. — Aconteceu algo, e precisamos urgentemente da sua ajuda.

Cellbit agitou a cabeça em concordância, e logo seguiu Layla até o círculo. Ao chegar mais perto, percebeu que se tratava de um símbolo de ritual queimado no chão. Os ocultistas que antes aparentemente tentavam descobrir que ritual era aquele, agora discutiam fervorosamente.

— Esse ritual é muito forte, não consigo entendê-lo ao certo. — uma ocultista bufou, frustrada.

Layla se virou para Cellbit, apreensiva.

— Uns minutos atrás, o Pac e o Mike começaram a agir muito, muito estranho. E então, vieram pra cá, e sumiram. Tudo o que sobrou foi esse símbolo. — ela contou a história do que aconteceu. — Mesmo sendo especialista, você acha que consegue descobrir sobre o que é?

O brasileiro desviou o olhar para o símbolo, que por mais queimado que estivesse, ainda era visível e reconhecível. Cellbit conhecia aquele símbolo, mas não conseguia se lembrar direito do que se tratava.

— Eu posso tentar. — ele suspirou, se agachando para ficar mais próximo ao símbolo. Estendeu sua mão para frente, tentando se concentrar naquele símbolo e tentar entendê-lo, com a ajuda de seu conhecimento sobre o paranormal.

Todavia, algo estava errado ali. Quanto mais Cellbit se concentrava naquele símbolo, mais sua mente ficava confusa e bagunçada. Havia muita energia paranormal ali para apenas um símbolo, não importando o quão poderoso fosse. Abriu os olhos e acabou vacilando para frente, tendo que se apoiar com as mãos para não cair de cara no chão. Era uma quantidade excessiva de conhecimento sendo recebida de uma vez.

— Cellbo? — de repente, escutou uma voz muito bem conhecida atrás de si.

Roier.

O mexicano se agachou ao lado de Cellbit, colocando a mão em seu ombro.

— Está tudo bem? — seu olhar era quase indecifrável, mas Cellbit arriscaria dizer que ali havia no mínimo um pouco de preocupação.

O brasileiro engoliu em seco enquanto voltava a sua pose de agachamento original, limpando sua mão das cinzas que grudaram nela devido à quase queda.

— Sim, eu só preciso continuar. — suspirou novamente e estendeu sua mão para frente, pronto para recomeçar. No entanto, foi interrompido.

Roier apertou o ombro de Cellbit com força, quase como uma advertência. O brasileiro se virou para ele, confuso.

— Não se esforce demais, gatinho.

Cellbit sentiu suas orelhas esquentarem, e rapidamente desviou o olhar. Por mais tenso que o momento fosse, conseguia ouvir os cochichos dos agentes que assistiam àquela cena, provavelmente achando aquela interação entre o brasileiro e o mexicano no mínimo curiosa.

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