! você não vai conseguir escapar.

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— Porra, me solta! — Cellbit gritou com ódio ao sentir aquela sensação novamente; a sensação de impotência. Os guardas agarraram fortemente seu braço, fazendo com que o brasileiro não pudesse se soltar facilmente.

Ele se debatia, enquanto olhava para o corredor que dava para as celas com preocupação. Se Jackson estivesse com Roier, o que poderia acontecer? Ele acreditava na força do mexicano, mas ele também tinha medo.

E agora ele estava sendo arrastado para se encontrar com o novo diretor do qual Mike e Pac tanto falaram. Era seu objetivo, isto é, até ele ouvir da situação com Jackson. Agora ele só queria estar ao lado de Roier.

Respirou fundo, não teria uma crise naquele momento.

Ou quem sabe, algo pior que uma crise.

De repente um guarda abriu uma porta, e os outros dois jogaram Cellbit lá dentro, que caiu como uma manga madura. O brasileiro se virou para os dois guardas, pronto para amaldiçoar todas as suas gerações; até que escutou uma risada.

— Ha ha. — sua risada soava quase robótica, e ao se virar para frente, Cellbit se deu de cara com um homem bastante jovem, que aparentava estar no máximo na casa dos trinta; vestia roupas brancas, seu cabelo também era da mesma cor e usava uma máscara de urso tampando sua face pálida.

O homem, que Cellbit presumiu ser o diretor, estava em pé em frente ao brasileiro. Com as mãos entrelaçadas por trás das costas, observava Cellbit como se fosse um nada mais do que apenas um experimento em suas mãos.

— Quem é você? — Cellbit perguntou enquanto se levantava, batendo a mão na roupa para tirar quaisquer resquícios de poeira ou sujeira. Não queria ser vítima de um forte ataque de rinite depois.

— A esse ponto você sabe bem quem eu sou, Cellbit. — o mascarado caminhou até a mesa que estava mais a fundo naquela sala, se sentando em sua cadeira. — Você fez toda aquela ceninha só para conseguir a minha atenção, e aqui está.

Agora que estava de pé, Cellbit absorveu todos os detalhes daquela sala. A sala estava estranhamente gelada, mais do que uma sala normal com ar condicionado estaria; o brasileiro já conseguia sentir seus dentes tremendo de frio.

A sala era escura, o que também não era muito normal. Havia apenas uma lâmpada – bem bonita, Cellbit não pôde deixar de notar – no meio do lugar; mas ela não fazia muito para iluminar o local por completo. Era quase inútil.

O brasileiro sentiu calafrios. Que tipo de diretor era aquele?

— Certo. — riu, se sentando na frente da mesa do diretor. — Eu precisava conhecer o diretor novo daqui antes de ir embora, sabe?

O diretor inclinou a cabeça para o lado, e caso Cellbit pudesse ver sua expressão, saberia que ele estava com uma faceta curiosa e divertida.

— Ir embora? — ele perguntou. — Você ainda tem uma pena a cumprir, Cellbit.

Cellbit riu novamente ao ouvir aquilo, mas congelou assim que as próximas palavras do diretor chegaram até si.

— E o Roier também. — constatou.

Aquelas palavras haviam sido propositais e totalmente direcionadas. Cellbit congelou em seu lugar, como aquele homem sabia sua relação – de parceiros em uma missão – com Roier?

— Do que você tá falando? — perguntou, confuso. — Eu não tenho nada haver com o mexicano.

— Ah, não? Minhas desculpas, assumi que vocês estivessem relacionados, uma vez em que parecem ser tão próximos. — obviamente aquela não era a razão, não precisava ser inteligente para saber que aquele homem estava mentindo. — Você cumpriu boa parte da sua pena antes de fugir da outra vez, podemos utilizar isso como um argumento para uma talvez condicional futuramente. Mas Roier? Ele sequer passou três meses em confinamento.

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