! cellbit e a torta de climão

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— Eai, conseguiu alguma coisa? — Forever perguntou pela vigésima vez na instância de vinte minutos, fazendo com que Jaiden olhasse para ele com tédio.

— Eu já te disse que ainda vai levar um tempo, Forever!

Forever se sentou no chão, descansando. Passou um bom tempo eliminando os monstros restantes ali, a maioria sendo apenas zumbis de sangue que andavam pelos arredores daquele laboratório.

A membrana daquela região estava extremamente fraca.

— Certo, acho que agora eu consegui. Mas não sei se conseguiremos explorar tudo por muito tempo, meu ritual vai durar por apenas uma hora e meia.

Com sua fala, foi possível observar uma abertura no chão ser revelada, junto a escadas.

— Não sei quem foi o responsável por esses rituais, mas, puta que pariu, ele era forte. Esses rituais são muito complexos e complicados! — Jaiden enfim suspirou, bebendo um pouco da água de seu cantil. Aquele ritual havia sido exaustivo. — Cadê o Roier e o Cellbit quando precisamos?

Forever assentiu, pegando seu celular e mandando mensagem para Cellbit, perguntando se ambos já haviam terminado seu trabalho na vila.

[🌾]


Cellbit abriu os olhos lentamente, sentindo suas pálpebras pesarem mil toneladas enquanto seu corpo parecia ter sido atropelado por diversos elefantes juntos. Ao conseguir visualizar melhor o ambiente, observou que o teto era feito de… Palha?

Virou a cabeça para o lado, percebendo que não estava em casa. E nem na base da ordem. Estava em uma casa esquisita – na verdade, talvez uma cabana?, feita de madeira. Embora sentisse dor, tentou se levantar, mas logo foi impedido por uma mão o empurrando pelo peito para que deitasse novamente.

— Não não. — Roier disse em português com sotaque, cruzando os braços no peito, parecendo levemente bravo e preocupado.

Cellbit franziu as sobrancelhas.

— A gente precisa continuar a investigar. — novamente, Cellbit tentou se levantar. E novamente, Roier o impediu.

— Não. Você vai deitar e descansar pelo menos um pouco, você desmaiou! — argumentou. — Eu percebi que desde que chegamos, você está se esforçando muito. E algo me diz que você não deveria estar se esforçando tanto assim. — imediatamente seus olhos encararam o pescoço de Cellbit, que agora tinha mais veias e marcas pretas surgindo nele.

Cellbit instantaneamente fechou a cara, se sentando na cama. Pegou seu casaco e o abraçou mais contra si, a fim de esconder aquelas marcas. Se levantou meio bambo, percebendo o pequeno vacilo na pose de Roier, que quase foi em direção ao brasileiro para tentar ajudá-lo.

— Eu sei exatamente o que eu estou fazendo, Roier. Não preciso de alguém cuidando de mim. — e assim, saiu daquela cabana, ainda se sentindo fraco.

No entanto, não perdeu a faceta preocupada e decepcionada que ficara em Roier quando saiu em linha reta.

Um tempo se passou, mas nada aconteceu. Os moradores daquela vila não voltaram, e ambos os companheiros não acharam nada de importante ou de relevância nas casas. Avistaram que o sol estava para se pôr, então decidiram voltar para o laboratório.

Um ar extremamente desconfortável ficara entre o brasileiro e o mexicano após o acontecimento na cabana, ambos não se olhando nos olhos ou não trocando mais palavras do que o necessário. Cellbit se arrependia de ter sido grosso daquela forma com o mexicano, afinal, ele havia cuidado de si e além de tudo só estava preocupado. Talvez, Roier realmente só quisesse ser seu amigo.

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