Encontro 2

61 5 32
                                    

O almoço permaneceu em silêncio na nossa mesa, apenas o ambiente á nossa volta emitia algum som. Eventualmente olhava Bam, mas ele parecia estar em outra dimensão. Me questionei várias vezes se o chamava ou não e cheguei na conclusão de:

-Bam?

-Hum?

Ele ergueu o olhar pra mim enquanto limpava sua boca suja com o molho branco de seu macarrão quase ao final.

-Está tudo bem?

-Só.. Processando..

-Sei, ok

Enrrolei o último vestígio de macarrão no garfo e o levei para a boca. Comecei empurrando-o mas estava tão gostoso que fui sentindo fome ao longo das garfadas.

-Quem mais sabe?

-As meninas e a médica que me atendeu.

-Entendi. E elas reagiram bem?

-Bam... Está tentando achar em volta uma resposta de como você deve reagir a isso?

Ele ficou quieto.

-Não é assim que deve ser, Bam. Você não precisa fingir que aceita isso tranquilo só porque á pouco tempo atrás estava me pedindo pra voltar. É estranha a situação, mas eu entendo sua mudança de ideia.

-Mas Yeji, eu disse a verdade quando falei que quero ter esse filho com você.

-Ah disse?

Engoli mesmo não tendo mais macarrão algum na minha boca.

-Eu quero esse filho. É só que, é diferente. Tô me sentindo até mais velho.

Ri da fala dele e ele riu junto me perguntando "o que?".

-Bom... Mesmo você não me respondendo agora, posso participar da vida dele ?

-Como assim?

-Não sei bem no que ajudar e nem como, mas sei que grávidas tem bastante exames para fazer.

-Sim, tem. - Ergui as sobrancelhas concordando com a cabeça.

-Gostaria de acompanhar eles. Quem sabe assim a informação não fixa melhor na minha mente.

-Está falando sério?

-Claro que estou. Não estava pensando em me deixar acompanhar?

-Não é isso, é que eu achei que você reagiria bem pior. Que iria ficar bravo e esse almoço acabaria um desastre.

Ele soltou uma risada nasal.

-Claro que eu fiquei bravo afinal você não me disse nada. Mas você descobriu ontem, como ia me dizer? Agora aconteceu, não porquê eu ficar bravo e te fazer passar por tudo isso na força do ódio.

-Que bom que entende, obrigada.

Ele sorriu bebendo um gole de seu suco e eu fiz o mesmo acabando com a minha limonada e pegando a garrafa d'água em seguida.

-Mas Yeji, pense bem ok? Pense na minha proposta, não só por mim mas por esse bebê também.

Ele olhou para a minha barriga, ou melhor, para a minha bolsa já que ela estava na frente.

-Ok...

O resto do almoço foi descontraído. Conversamos sobre o bebê e como seria até pedirmos a conta e irmos cada um para seu carro. Foi esquisito vê-lo calmo daquele jeito, confesso. Mas foi melhor do que a reação que eu esperava.

Ao chegar em casa, não encontrei Chaer. Me joguei na minha cama e a mandei mensagem perguntando onde ela estava e avisando que cheguei viva e bem, em seguida Ryunjin me abordou e eu sorri.

Got'yaOnde histórias criam vida. Descubra agora