Implore que eu faço...

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Chegamos na casa dela e eu estacionei bem em frente à sua garagem. Tirei meu cinto e me apressei para sair do carro, pois ela estava querendo sair sozinha.

-Espera! Eu te ajudo

Abri a porta e a ajudei sair.

-Obrigada. Mas não precisa, eu consigo andar ficar tranquila.

-Ryujin você literalmente não pode andar. Ouviu o que o médico disse né? Sem esforço por pelo menos 15 dias.

-Ta ta. Mas eu sei me virar.

Ela tirou as muletas e se apoiou enquanto eu abria a porta de trás para pegar suas coisas. Andamos juntas até a entrada e ela tirou suas chaves de dentro de um dos vários vasos de plantas espalhadas por ali.

-Ãn? Posso te perguntar porque esconde sua chave ao invés de levá-la contigo para onde for?

-Vão ser roubadas de qualquer forma

-Que?

-Tô brincando. É porque eu pedi para a faxineira passar aqui ontem de noite enquanto eu ia pra corrida. Era o horário que ela tinha disponível e eu precisava muito voltar e receber minha casa limpinha.

Ela falou enquanto girava a chave na porta e me dava espaço para passar. Assim que entramos, um barulho alto ecoou na casa toda e eu a olhei assustada.

-4191 vai rápido.

Ela estava tentando tirar a chave enganchada na fechadura da porta e seus olhos se arregalaram enquanto ela me dizia algo depressa. Corri pelo jardim da frente sem entender até a porta de entrada onde encontrei um pequeno suporte branco com um teclado numérico grudado na parede entre o vão dela e a porta. Rapidamente apertei 4191 nos botões que brilharam fluorescente assim que comecei. O barulho cessou e eu olhei para trás vendo uma Ryujin sorrindo vindo na minha direção.

-Foi rápida. Como sabia que era aí?

-Eu vim no automático sei lá - Ri - Aliás, porque 4191?

-Não é uma data específica e nem números diferentes como as pessoas costumam chutar. Normalmente não tentam colocar mais de uma vez o mesmo número em uma senha a não ser que seja algo como 222 ou 123. Você pensaria em 4191?

-Hmmm... definitivamente não.

-Viu

Ela se colocou na minha frente e se inclinou para colocar a chave na porta. Meus olhos desceram pelo seu corpo e dei um passo para trás facilitando a visão. Que mulher...

-Vai ficar aí?

Ela me acordou e eu a segui sentindo minhas bochechas corarem. Ela soltou uma risadinha nasal e fechou a porta de entrada.

-Onde posso deixar isto?

Ergui a sacola grande com seus pertences e ela apontou pro balcão que dividia a sala de estar da sala de jantar.

-Pode deixar ali. Depois coloco pra lavar, obrigada.

-De nada - Sorri - Precisa de mais alguma coisa?

-Acho que não. Posso me virar sozinha, não se preocupe.

-Tem certeza?

-Claro - Ela ergueu uma sobrancelha mas logo contestou - Peraí. Você vai ir embora se eu disser que não preciso de mais nada?

-Vou. Você precisa descansar né

-Mas como eu descanso se tenho tanta coisa pra fazer?

Ela colocou a mão na testa atuando um belo drama mexicano e eu ri.

Got'yaOnde histórias criam vida. Descubra agora