Irene já estava trabalhando na botique a 2 semanas, tudo estava indo bem em sua vida, ela se sentia bem consigo mesma, trabalhando, conquistando finalmente seu próprio patrimônio e tendo a certeza de que se um dia se separasse de Antônio não iria morar em baixo da ponte
Ela estava passando todos os dias na botique, até domingo quando não abria para vendas, estava fazendo muito bem para a mulher ficar longe de casa, longe daquela energia pesada e caótica, conviver com pessoas diferentes e até fazer amizade com os clientes.
Ela e Caio estavam se desencontrando muito durante esses dias, quando um estava em casa o outro não estava, com Antônio com a cabeça longe, apenas pensando nas noitadas e no que fazia com Berenice no bar, ele estava sobrecarregado de trabalho, tomando conta de praticamente tudo, então quando voltada para casa não conseguia pensar em mais nada além de tomar um bom banho e dormir, mesmo sentido falta dos encontros a sós com Irene, mesmo quase sem descanso a mulher não saia de sua cabeça
Com ela, era a mesma coisa, Irene pensava nos momentos com Caio, nos beijos carícias, nas noites e tardes embaladas pelo desejo dos dois, mas também pensava nas discussões, ameaças, ofensas, principalmente na última briga que os dois tiveram e ela o acusou de matar Daniel, aquilo foi péssimo
Irene sabia que havia sido muito cruel com Caio, tinha vontade de pedir desculpas, mas além de seu orgulho, os dois estavam se desencontrando demais, então acabava que ela desistia de tentar falar com ele, até por medo da conversa acabar em discussão como sempre
Mas nesse dia em especial, tudo mudaria.
21:00 h
Irene chegou mais tarde do que costumava chegar, estacionou seu carro na garagem e então, quando estava passando pelo meio no jardim...
"Irene" Ouviu a voz de quem conhecia muito bem.
Caio.
Ela se virou para trás, vendo o homem vir em sua direção com um olhar meio perdido...
Irene - Nossa. Faz um tempo que não nos encontramos... ~ Ela falou surpresa encarando o chão
Caio - Verdade, muito trabalho, como andam as coisas na botique? ~ Perguntou
Irene - Ótimas, estou me dando super bem.
Caio - Isso é bom, mas não acha que está passando tempo demais lá? ~ Disse e Irene finalmente o olhou
Irene - Não acho não.
Caio - Pode ficar sobrecarregada, sabia, né? Ir parar no hospital...
Irene deu um leve sorriso, não deu pra evitar.
Ela percebeu que aquela era a forma de Caio dizer que estava preocupado com ela, aquilo fez seu coração bater um pouco mais rápido.
Irene - Preocupado comigo? ~ Arqueou as sombrancelhas
Caio - Vai começar a ser irônica? ~ Falou já virando as costas, pronto para sair andando
Irene foi mais rápida e segurou o pulso dele sem força, apenas para que o mesmo ficasse
Irene - Fique. ~ Pediu - Aproveitando esse momento em que estamos sozinhos, tenho algo a te dizer. ~ Suspirou o encarando no fundo dos olhos - Me desculpe, sinceramente, sei que fui cruel com você, quando te acusei de ter algo a ver com a morte do Daniel, o pior é que te acusei logo depois de você ter sido a única pessoa que se preocupou comigo, que cuidou de mim, que foi meu abrigo, minha luz no fim do túnel, pode não me desculpar mas-
Nesse momento Caio segurou o rosto dela, juntando seus lábios, interrompendo a frase da mulher
Em segundos o beijo se tornou intenso, urgente, cheio de saudades. As mãos de Irene foram para a nuca de Caio, enquanto as dele a levantaram do chão, fazendo a mais baixa envolver sua cintura com as pernas.
Irene - Doido! ~ Ela dizendo sorrindo entre os lábios do mais novo
Irene On
Acabei falando demais, deixando a razão de lado. Quando percebi já estava contando tudo o que sentia para Caio, e na verdade foi bom.
Era como se o toque dele fizesse minha mente parar, não pensar em absolutamente nada, a não ser em permitir ser beijada por ele, já estava sentindo falta daquilo . Sua mão firme em minha cintura enquanto as minhas estavam em sua nuca puxando devagar alguns fios de cabelo, senti sua mão em meu rosto o segurando ao me beijar e só paramos quando o ar faltou, ele me colocou novamente no chão, mas continuamos próximos, fitando o olhar um do outro com as respirações pesadas se tocando.
Estou louca.
Caio - Vamos sair daqui, vem comigo! ~ Ele diz me fazendo molhar os lábios tentando voltar ao normal depois de um beijo dele
Irene - Não ~ Neguei, dando um passo atrás e passando a mão devagar sobre o lábio - É arriscado, isso que aconteceu aqui, foi apenas... -
Caio - Saudade? ~ ele completa e eu encaro seu rosto - Pode até ter começado a trabalhar, passar o dia todo fora de casa, mas não mudou tanto assim, não comigo.
Irene - Eu nem se quer me lembrava de você ~ cuspo as palavras e ele franze o cenho - Não volte a pensar que pode fazer oque quiser, tem sorte de não levar um tiro agora mesmo.
Caio - Para com isso - ele se aproxima de novo - para de fazer parecer que sou seu inimigo ~ Diz tocando meu braço e eu tento me manter firme - pois sabe que não somos isso.
Irene - Não somos?
Caio - Já fomos, eu já te odiei mais do que qualquer pessoa. Desejei sua morte e imagino que também já desejou a minha ~ Diz e eu assinto com a cabeça - Mas agora, não é mais assim e por mais que você não diga, sabe disso.
Abaixo minha cabeça sem conseguir responder aquilo, e então o sinto se aproximar, segurar meu queixo e me fazer olhar pra ele
Caio - Somos como uma montanha-russa, Irene. Uma hora acho que te odeio mas na outra... ~ Ele disse encostando nossos narizes e eu fechei os olhos ao sentir aquele contato
Irene - Na outra o que? ~ Perguntei levando minhas mãos até seu rosto, roçando nossos narizes carinhosamente
Caio - Na outra desejo de ter nos meus braços, de beijar, te abraçar ~ Responde descendo suas mãos para minha cintura - Tirar sua roupa e te fazer minha. ~ Susurrou. - Eu amo você!
Antes que eu pudesse responder alguma coisa ouvimos um barulho de passos atrás da gente, nos afastamos de pressa e eu sentir meu coração quase sair pela garganta, uma pontada, uma sensação horrível.
Irene - Alguém estava nos vendo! ~ Falei, aflita.
...
• volto em breve amores
• me desculpem pela demora
• leiam minha nova história sobre nossa querida Irene e o Vinícius (bad romance)
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lost in you
FanfictionA mesma boca que me xinga e que me odeia Quando apaga a luz, me lambe e me beija A mesma boca que mandou eu ir embora Quando apaga a luz, pede toda hora, toda hora