"Eu vim me despedir"

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Voltei bem rápido!!!

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Irene silenciosamente, sem comunicar ninguém além de Silvério, deu entrada num processo contra Antônio, por agressões físicas, morais, traição e ameaças. Ela também fez o corpo de delito que comprovou que realmente foi agredida pelo marido, Silvério avisou a Antônio que entrou em desespero ao ser informado das consequências que aquilo poderia lhe causar e imediatamente ofereceu um acordo milionário a Irene juntamente com o divórcio

Caio estava desolado, não conseguia aceitar a idéia de ficar longe de Irene, mesmo tendo concordado com ela na última conversa que os dois tiveram, os momentos com a mulher passavam em flash por sua cabeça, estava doendo muito e por isso ele decidiu que não iria enfrentar a dor.

Passou uma semana inteira trabalhando como louco e dormindo em uma pousada, pra tentar esquecer dos pensamentos que só o levavam até ela. Sentia raiva de Irene por decidir deixá-lo e raiva de si mesmo por ter permitido que aquela paixão chegasse a proporções tão enormes

Irene também sofria, quieta, sem poder compartilhar nada do que sentia com ninguém. Ficou a semana inteira passando mal, sentindo fortes tonturas, dor de cabeça, enjoos, e tinha certeza de que era preocupação. Não sabia onde Caio estava, se ele estava bem. Logo no momento em que foram capazes de admitir os sentimentos, teriam que se afastar, era injusto, mas o certo a se fazer. Antônio era um homem desprezível que tinha seu ego acima de tudo, que prometeu matar o tal amante de Irene

A mulher decidiu tudo, ia morar no canadá e levar Petra que concordou no momento em que Irene lhe fez a proposta, até porque já estava mesmo querendo se separar de Luigi, iria ser bom para Irene comprar uma boa casa e abrir uma botique sua, longe de todos.

Era o último dia dela na mansão dos La Selva, ela tinha ido de manhã assinar o divórcio e agora fazia suas malas, enquanto dobrava cada peça uma lembrança não pode deixar de passar por sua cabeça

De quando ela estava de luto, sofrendo por Daniel, sem se alimentar direito, sem saber como seguir em frente e Caio foi o único a apoia-la e mostrar que ela ainda tinha muito pra viver, pensar naquilo fez seus olhos se encherem de lágrimas

Ela estava a uma semana ligando para Caio, preocupada com o estado em que ele poderia estar, mas o mesmo não a atendia, como se estivesse tentando fugir dela. Naquele momento Irene pensou consigo mesma, Iria pegar o vôo de manhã, não podia ir embora sem se despedir dele

Então, a morena começou a ligar para todas as pousadas que conhecia, perguntar por ele, até que finalmente encontrou. Um sorriso surgiu em seu rosto, ela pegou o endereço do lugar e não pensou duas vezes antes de pegar estrada, dirigiu o mais rápido que podia e durante todo o trajeto parecia que seu coração ia sair do peito. No caminho uma chuva forte de inciou e o céu escureceu, parecia um cenário de filme de terror.

Ao estacionar o carro na tal pousada, ela só jogou a bolsa no ombro e saiu, chegou na recepção enxarcada.

Recepcionista - Boa tarde! ~ A moça loira disse sorridente - A senhora precisa de uma toalha?

Irene - Não, obrigada. Só preciso saber o número do quarto de uma pessoa...

Recepcionista - Algum parente...?

Irene - Não, um amigo, apenas. O nome é Caio La Selva!

Recepcionista - Sim... ~ Ela checou a lista no computador - Número 23.

Irene - Ok, obrigada! ~ Falou antes de ir em direção a escada que levava até os quartos

Ao chegar em frente a porta no quarto, Irene respirou profundamente, tentando se preparar pra ver ele.

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