The Birth of Venus || L.S

Capítulo XIII - Cores terciárias

O interior do carro de Louis estava iluminado pela tela do celular, enquanto ele conferia suas mensagens, ansioso por uma resposta de Harry. Ele ainda não tinha respondido. Enquanto seu foco estava nisso, a porta do carro se abriu, e Eleonor entrou com a típica confiança que ela sempre exalava. Seu vestido justo e decotado chamava a atenção, deixando pouco à imaginação. O artista  lançou um olhar breve para ela, mas logo desviou a atenção de volta para o celular.

— Louis, meu querido, você está irresistível hoje. — Ela pousou uma mão delicada em seu peito, deslizando-a provocativamente enquanto soltava um riso baixo e sugestivo.

A ação de Eleonor foi imediatamente interrompida por Louis, que a afastou com uma brutalidade que surpreendeu a ambos. Sua expressão estava séria e fria, um contraste gritante com o sorriso charmoso que normalmente adornava seu rosto.

— Não encoste em mim, Eleonor. — A voz dele soou firme e quase cortante. — Já disse que não é mais bem-vinda nesse tipo de proximidade.

Eleonor arqueou uma sobrancelha, mas o sorriso cínico não deixou seus lábios.

— Sabe? Eu sinto saudade desse seu jeito mandão. — Ela provocou, ignorando a clara rejeição dele. — E das suas punições também, senhor. Lembra quando você não deixava eu te tocar?

Louis revirou os olhos, claramente irritado.

— Isso não é mais relevante, se puder ficar com a boca calada durante o trajeto eu agradeço.

Apesar da tensão, eles continuaram o trajeto no carro. O destino era uma clínica especializada, onde finalmente realizariam o teste de paternidade. A tensão entre eles só aumentava, e o silêncio parecia incômodo. Finalmente, eles chegaram à clínica, um prédio moderno e impecavelmente limpo.

O médico que os recebeu explicou todo o procedimento do teste de paternidade. Era um exame simples, que envolvia a coleta de amostras de DNA da mãe, do suposto pai e do bebê. O médico esclareceu detalhadamente o processo, garantindo que o resultado seria preciso e confiável.

— O valor total para o teste de paternidade é de £600. — O médico informou, fazendo uma pausa para que eles absorvessem o número. — O pagamento pode ser feito agora ou no final do procedimento.

O artista assentiu, pronto para proceder. Ele e Eleonor seguiram o médico até a sala de coleta designada, cujas paredes eram pintadas em tons suaves para criar um ambiente mais relaxante. No centro da sala havia uma maca coberta com lençóis brancos, rodeada por aparelhos médicos e um monitor de ultrassom.

No caso de um teste de paternidade pré-natal, como no caso deles, a coleta do DNA do bebê seria feita a partir de uma amostra de líquido amniótico. O médico explicou que, com a ajuda de uma agulha fina e um monitor de ultrassom, eles seriam capazes de obter uma pequena quantidade do líquido que cercava o bebê no útero.

Após a explicação, o médico indicou uma cadeira próxima à maca para Louis se acomodar. O coração de Louis batia mais rápido do que o normal, misturando ansiedade de enfrentar a situação. Eleonor se acomodou na maca, observando atentamente cada detalhe.

Com todo o equipamento preparado, o médico começou o procedimento, inserindo a agulha fina com precisão, guiado pelo monitor de ultrassom que mostrava a posição do bebê. Os olhos azuis mantiveram-se fixo no procedimento. A agulha penetrou com cuidado, e um líquido amarelado começou a ser coletado. A sensação era estranha e incômoda, mas Louis estava determinado a seguir em frente.

Após a coleta ser concluída, o médico retirou a agulha e ajudou Eleonor a se recuperar.  Em seguida, o material genético do possível pai estava prestes a ser colhido. Com luvas cuidadosamente vestidas, o médico conduziu seu paciente até a cadeira reclinável. Em seguida, conforme solicitado pelo médico a boca de Louis foi aberta e sua língua colocada para fora. Então, finalmente,  o longo cotonete deslizou suavemente pelo interior da boca para coletar as células de saliva.