Capítulo IV - Cores primárias

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Dentro do aconchego do ateliê, Louis despertou lentamente, piscando os olhos enquanto se ajustava à luz vinda da janela. Ele estava deitado no sofá, e uma sensação de calor e inquietude envolvia seu corpo. Logo, ao se mexer levemente, o artista percebeu que seu corpo estava muito colado a outro.

Sua mente sonolenta processou a informação gradualmente, e quando finalmente ficou totalmente acordado, ele olhou para o lado tendo a visão de seu físico pressionado contra o mais novo, com a coxa e a bunda de seu assistente encostando-se à sua virilha. O mais velho engoliu em seco, tentando controlar seu impulsos enquanto tentava se afastar suavemente.

Entretanto, seu movimento acabou acordando Harry. Os olhos verdes do assistente se abriram lentamente, e um sorriso sonolento se formou em seus lábios enquanto ele piscava para se ajustar à luz.

— Humm — murmurou Harry com voz rouca, sua expressão sonolenta se transformando em surpresa quando ele percebeu o quão perto estava de Louis.

Aquele som apenas colaborou com a enorme ereção petrificada do mais velho. Ele pigarreou, sentando-se rapidamente no sofá e pegando uma almofada para cobrir o seu volume.

— Bom dia, Harry. Parece que nós perdemos a hora. Já amanheceu...

— Humm... bom dia, Louis. — O mais novo respondeu ainda sem ter certeza de onde estava ou se estava sonhando.

Tomlinson estava inquieto, mexendo-se um pouco no sofá e ajustando sua calça várias vezes, tentando disfarçar a situação incômoda. Ele tentou concentrar-se em manter uma expressão casual, mas seu corpo traía sua luta interna.

Harry, ainda sonolento, franziu o cenho levemente ao notar a agitação de Louis.

— Tudo bem, Louis? Parece que você está um pouco... inquieto.

Louis piscou, desviando o olhar por um momento antes de olhar de volta para Harry com um sorriso forçado.

— Não, não é nada. Só preciso... ir ao banheiro

Ele se levantou apressadamente do sofá e se dirigiu ao banheiro, tentando esconder o desconforto que sentia. Enquanto estava lá, ele tentou ser breve. Após, fechar a porta ele se apoiou contra a parede, a cabeça inclinada para trás. O mais velho fechou os olhos, mordendo o lábio inferior enquanto sua mão encontrava o caminho para o cós de sua calça. Chegando lá, rapidamente  liberou o seu membro rosado e bem dotado das vestes apertadas. 

Com movimentos um pouco apressados, ele começou a se tocar, intercalando a pressão que sua mão exercia sobre a própria intimidade. Os movimentos de vai e vem eram intensificados, já que o artista buscava alívio rápido.

Enquanto sua mão continuava a explorar seu próprio corpo, ele não pôde deixar de imaginar como seria tocar Harry daquela forma, como seria sentir a pele macia do assistente sob seus dedos, ouvir os seus gemidinhos gostosos. Sua imaginação estava a mil, com imagens vivas e provocantes divagando sobre como seria explorar aquele corpo virgem e delicado. Seus pensamentos eram sujos, obscenos e promíscuos, assim como as inúmeras ideias que ali surgiam.

Tomlinson soltou um gemido contido, seus olhos apertando com a intensidade do prazer que estava construindo dentro de si. Ele continuou a se tocar, deixando-se perder nas fantasias que o invadiam, todas centradas em Harry. Até finalmente em mais alguns poucos minutos atingir o seu ápice, tendo assim um delicioso alívio.

Quando Louis retornou ao escritório, ele encontrou Harry mais desperto, sentado no sofá e observando a vista da janela. O mais novo olhou para ele com curiosidade.

— Tudo certo agora?

Louis assentiu, soltou uma risadinha pelo nariz antes de respondê-lo.

— Sim, está tudo bem. Já está na hora da sua aula na faculdade, não está?

The Birth of Venus || L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora