Capítulo XXIX - Cores neons

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Os olhos verdes de Harry brilharam de esperança ao abrir a porta, ansioso para ver seu namorado. No entanto, a expressão animada em seu rosto desvaneceu gradualmente conforme escaneava Louis à sua frente. O mais novo notou a testa do homem com alguns fios de cabelo grudados de suor, seu rosto avermelhado e um olhar um pouco menor que o usual. Uma fragrância desconhecido se misturava ao cheiro de bebida e nicotina, deixando Harry com uma sensação estranha.

O pequeno corpo do mais novo só retornou à realidade quando foi puxado com firmeza, em
seguida prensado contra o marco da porta enquanto seu pescoço era atacado com beijos e seu maxilar com mordidinhas travessas. O de olhos verdes, com as duas mãos no peito do namorado, tentava afastá-lo com delicadeza.

— Amor... Lou... — Harry murmurou com a respiração entrecortada, tentando afastar Louis um pouco. — Amor, onde você tava? Espera... Lou

— Senti sua falta, princesa. — O mais velho sussurrou, ignorando por um momento o pedido de Harry para se afastar. — Precisava resolver algumas coisas, mas agora estou aqui. — Respondeu um pouco embolado.

O mais novo soltou um suspiro tenso, olhando nos olhos azuis, quase fechados, com uma mistura de frustração e alívio.

— Você me deixou preocupado. Vou pedir um Uber para levar a gente pra sua casa, você precisa de um banho. — arguiu Harry, tentando focar primeiro em melhorar estado do seu amado.

As mãos tatuadas deslizaram pela cintura do mais novo até o quadril, dando alguns apertos sugestivos, enquanto o cacheado, com certa dificuldade, retirava o celular do bolso e abria o aplicativo em busca de um meio para irem embora logo.

— Lou, está difícil aqui... — Harry gemeu baixinho de desconforto enquanto tentava digitar, sentindo-se agarrado pelo mais velho, que pressionava sua ereção contra a coxa e a virilha do mais frágil.

Com um carro próximo disponível para a corrida, o universitário se desvencilhou do aperto forte do namorado, indo buscar a própria mochila na sala. Enquanto o mais novo se movia, o artista permaneceu encostado na porta, observando cada gesto do mais novo com um olhar predador.

Harry caminhou em direção à porta, trancando-a antes de se voltar para o mais velho. Seguindo as instruções de Liam, deixou a chave no pote de plantas ao lado da entrada. Durante todo o trajeto até a faixada do prédio, Louis manteve um braço enlaçado como um cinto ao redor do abdômen de Harry, marcando território de uma maneira possessiva.

O toque possessivo do dominador, que o cacheado tanto apreciava, causava nele uma sensação de "quentinhos" percorrendo cada célula de seu ser. No entanto, naquele momento, Harry mal conseguia sentir essas sensações familiares, pois sua mente estava dominada por questionamentos e preocupações. Para completar, a pele de Louis estava suada, mas algo estava diferente. Havia uma mistura de fragrâncias que não era do seu cheiro natural ou perfume característico. Isso incomodava Harry mais do que o cheiro forte de álcool.

Quando o carro chegou, o casal entrou rapidamente no veículo modelo sedan prata. O motorista, um homem que não parecia ter mais de 25 anos, tinha cabelos longos e dourados e caiam como cascata na altura do ombro. Ele sorria para Louis pelo retrovisor, como se já o conhecesse. O mais velho parecia inquieto e se remexia mais do que o normal no banco, enquanto Harry, com um biquinho nos lábios, voltava completamente seu rosto para o de seu Daddy, analisando-o minuciosamente sem fazer questão de ser discreto.

Durante o trajeto relativamente curto, que parecia eterno para o mais novo, o cacheado rodeou um braço sobre o abdômen de Louis, repousando sua mão delicada no ombro dele. Enquanto isso, sua cabeça estava deitada no peito do mais velho. A mão de Harry, que estava inicialmente no ombro do namorado, às vezes se deslocava até o maxilar marcado do mais velho, em uma tentativa frustrada de manter o rosto de Louis focado apenas nele e não no motorista.

The Birth of Venus || L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora