Capítulo XIV - Cores terciárias

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A luz do sol invadiu o quarto desconhecido, fazendo com que Louis piscasse e virasse para o lado, buscando algum resquício de conforto. Sua cabeça latejava, como se um bando de tambores estivesse martelando em seu crânio. Ele apertou os olhos com força, tentando lembrar da noite anterior. O último pedaço de memória era de estar na casa de Liam, bebendo vodka e compartilhando alguns cigarros.

Sua mente ainda estava em um borrão quando a porta do quarto se abriu, revelando Liam com uma expressão divertida.

— Bom dia, bela adormecida. A ressaca tá te matando?

Louis gemeu, sua voz saiu rouca e estridente. Ele piscou algumas vezes, tentando focar na figura que estava na porta.

— O que... o que aconteceu? — O artista conseguiu perguntar, sua voz soando confusa.

Liam riu, se aproximando da cama.

— Você tomou um porre daqueles ontem à noite, Lou. Eu até pensei em te levar de volta pra casa, mas você estava tão fora de si que eu decidi te deixar aqui e dormir no sofá.

Louis gemeu novamente, pressionando a palma da mão contra a testa.

— Merda, minha cabeça tá explodindo.

— Vem, vou fazer um café forte pra gente! — O moreno incentivou o melhor amigo a se levantar da cama.

Logo em seguida, Liam saiu do quarto. Louis esfregou o rosto com as mãos e tentou se lembrar dos detalhes da noite passada. Ele tinha bebido mais do que deveria, isso estava claro. Agora estava pagando o preço com a ressaca infernal.

Enquanto a tarde seguia seu curso, a poucos quilômetros dali, um campo de futebol fervilhava com a emoção de um campeonato universitário. Harry estava nas arquibancadas, cercado por amigos e torcendo com entusiasmo. Ele não entendia muito de futebol, mas a energia contagiante da multidão o contagiava.

Seus olhos se fixaram na bola que corria pelo campo verde. Os jogadores se moviam com agilidade e estratégia, e Harry torcia fervorosamente pelo time de sua atlética. Ele não conseguia discernir todos os detalhes táticos do jogo, mas a atmosfera o deixava animado. O cacheado vibrava todas as vezes que o seu melhor amigo, Niall, realizava alguma defesa. O loiro jogava na posição de goleiro e além dos dons artísticos ele desempenhava uma boa função nos esportes.

Os jogadores de ambas as equipes estavam posicionados estrategicamente no campo, cada movimento sendo calculado para ganhar vantagem. A multidão nas arquibancadas estava em pé, os olhos fixos na jogada que se desenrolava diante deles. Os corações batiam acelerados, esperando pelo desfecho que poderia mudar o rumo do jogo.

Zayn driblou com agilidade, driblando um adversário com um movimento rápido da bola sob seus pés. A plateia prendeu a respiração, os olhos seguindo cada passo preciso. A bola parecia grudada em seus pés, e Zayn avançou pelo campo, escapando dos jogadores oponentes que tentavam alcançá-lo.

A medida que ele se aproximava da área do gol, a expectativa crescia. Os estudantes nas arquibancadas seguravam a respiração, seus olhares fixos em Malik enquanto ele se preparava para o chute. Era como se o tempo estivesse suspenso por um momento, todos os sons ao redor abafados pelo som dos pés correndo no campo.

E então, com um movimento preciso, Zayn chutou a bola com força. Ela voou pelo ar, uma trajetória curva que tinha todos os expectadores seguindo-a com os olhos. O goleiro adversário se esticou desesperadamente, mas a bola passou por ele, deslizando pela rede do gol em um movimento quase cinematográfico.

Um rugido ensurdecedor irrompeu da multidão, uma explosão de comemoração que ecoou pelo campo. Os estudantes saltaram, abraçando-se e gritando, a energia contagiante do gol preenchendo o espaço. Era como se o próprio campo vibrasse com a emoção, uma onda de triunfo varrendo todos os presentes. Foi esse o gol decisivo da partida.

The Birth of Venus || L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora