Capítulo 13 - Katherina

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Katherina Giavazi Bennett

Adentrei furiosamente na mansão que tem sido usada como local para as reuniões do conselho querendo destruir tudo em meu caminho.

Essa é a minha missão! Não vou ficar de braços cruzados em casa enquanto discutem planos para algo que nem conhecem.

Quando acordei hoje pela manhã, após Anelise me fazer tomar os remédios passados pela médica, imaginei que tudo fosse estar normal, mas a verdade é que nada estava em seu lugar, já que minha irmã e seu marido não estavam em casa.

Interroguei Amélie para saber onde ela estava, no entanto, minha querida irmã mais nova se negou a me ajudar. Então recorri a única pessoa que tem medo de mim nessa família. Lucca Moretti.

Não precisei me esforçar muito para fazê-lo falar que hoje estavam decidindo o futuro da minha missão sem mim, e ainda por cima com Pietro.

Subi as escadas quase correndo e ao dobrar no corredor me deparei com todos os membros do conselho brancos e pálidos, como se tivessem visto o próprio demônio. E imagino que eles realmente tenham visto, porque o olhar de Oliver ontem deixava bem claro o que aconteceria aqui hoje.

A maioria deles não ousou falar comigo enquanto andavam de cabeça baixa, mas ao passar por mim, Marco Bernardi deu um sorrisinho sínico. Isso me fez ficar alerta. Quando esse maldito dá esse sorrisinho, é porque algo está errado. Aprendi isso observando-o nas várias reuniões do conselho italiano.

Cheguei à porta da sala de reuniões e estava pronta para arrancá-la das dobradiças a base de tiros quando ouvi um barulho alto de algo se quebrando, e em seguida, um gemido alto de dor.

Parei abruptamente quando ouvi minha irmã mais velha gritar.

O que você tem na cabeça, seu desgraçado?!

Donna mia, ele ainda é família, não podemos simplesmente matá-lo — disse Oliver, em um tom apaziguador.

Ele apontou uma arma para minha irmã e ainda fez meus afilhados ficarem assustados. Eu vou despedaçá-lo! — rebateu Anelise.

Engoli em seco, abrindo e fechando as mãos em punhos. Eu pedi para Elisa e Luke não falarem nada e eles prometeram que não contariam. Como foi que ela descobriu?

Eu fiz merda, pode acreditar, sei disso! — falou Pietro, gritando de volta — Já pedi um milhão de desculpas para cada pessoa nessa família.

Não para quem realmente importa!

Alguns segundos de um silêncio frio se estenderam e minha vontade de sumir daqui se intensificou.

Eu tentei, mas não o suficiente. E sei que errei, Anelise, admito isso.

Suas palavras não me comovem.

Não espero que surtam esse efeito, entretanto, como disse a Oliver. Dedico minha vida a esta família desde o dia em que nasci. Um erro meu não anula isso.

Sua vida de dedicações não altera o fato de que desde que me nossas famílias se uniram você não tem feito nada para provar que quer fazer parte do futuro que todos estão se esforçando para construir. Eu e meu marido quase morremos para proteger a todos! — disse minha irmã, quase grunhindo.

Virei as costas para ir embora quando senti as batidas do meu coração acelerarem ao ouvir a voz de Pietro, no entanto, dessa vez, calma e baixa.

Eu errei, sei disso. Mas estou tentando concertar as coisas.

Assassinos de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora