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CAPÍTULO I
Cidade sem Noite, Prisão Territorial.
Abril de 1889
Wei Wuxian atirou-se na enxerga dura. Exaustão e calor minavam-lhe as energias e o arrastavam para um sono inquieto. Porém, jamais descansava.
A noite era o pior período nesse lugar a que os homens tinham dado o nome de "A Boca do Inferno". Nessas horas era quando os fantasmas de seu passado vinham visitá-lo.Debateu-se e revirou-se no colchonete encaroçado, desejando que eles não aparecessem, pelo menos, por uma noite.
Porém, seu sentimento de culpa não amainava. O rosto de Liu Haiukan surgiu à sua frente. Os olhos dele eram buracos fundos e escuros, mas os lábios retorciam-se num ricto horrendo. Então, as feições de Haiukan mexeram-se e mudaram.
Era Jiang Cheng.Ah, Cheng., eu não fiz aquilo. Você sabe que eu não o matei. Mas Cheng. apenas o fitou com olhar sombrio e fantasmagórico até o rosto ir mudando, aos poucos, e tornar-se no de Jiang Ziyuan. Ela estava rindo. Às gargalhadas.
Vá embora!
Teria ele, gritado a ordem ou havia sido imaginação sua?
Então, o rosto de Haiukan reapareceu e chegou bem perto. Pálido, azulado e sem vida. Os olhos dele continuavam buracos escuros.
Eu não quis matá-lo... Eu não quis matar ninguém.
Yanli estava chorando. Encontrava-se perdida em algum lugar, fora do alcance de Wuxian. Ele virou-se, perfazendo um círculo completo, procurando a filhinha com olhar aflito.
Onde estará o meu bebê? Quem o escondeu de mim?
Wuxian acordou com o som dos próprios gemidos aflitos.
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Píer de Lótus, Yunmeng
Abril de 1889- Tio Wangji!
Alegre, Yanli encetou a descida da escada, os sapatos de pelica preta marcando o compasso da sua corrida pelos degraus. Sem a mínima dúvida de que ele a apanhasse, atirou-se nos braços estendidos de Lan Wangji.
Ele a levantou acima da copa do chapéu , e rodopiou.
- Ai, ai! Que gostoso! - a menininha exclamou, animada.
Ele deu mais uma volta antes de baixá-la à altura do peito e a abraçou.
- Como a minha menina passou o dia hoje? - perguntou.
- Bem, mas senti saudade de você.
Wangji fez uma careta.
- Pois eu não me lembrei de você. Nem quando, no caminho para casa, passei no armazém.Ela arregalou os olhos.
- Você trouxe alguma coisa para mim?- Não - respondeu ele, sorrindo. - Não há nada no bolso da minha camisa.
Rindo, Yanli atacou o bolso como um gatinho faminto. Teve de enfiá-la até o fundo, mas quando a tirou, empunhava um pirulito.
- Cuidado. Não conte para a sra. Young - Yanli pediu com ar sério.
- É segredo? - Wangji murmurou.
- Claro. A sra. Young fez bolacha de gengibre para a nossa sobremesa hoje e não pode saber que já ganhei um doce.O hálito morno da menina tocava-o na face enquanto ela cochichava.
- Então, esse vai ser o nosso segredo. Você pode contar comigo - ele garantiu, piscando um olho.
Yanli o abraçou pelo pescoço e um calor delicioso - amor - inundou-lhe o coração.
Havia bastante tempo que o sentimento vinha se fortalecendo. Wangji e Yanli.
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Entre o amor e a Lei
FanfictionA LEI HAVIA COMETIDO UM ERRO China 1889 Arrancado do lado da filha e encarcerado, o ômega Wei Wuxian pensara que a vida havia chegado ao fim. Porém quis o destino que fosse solto. Mas que tipo de liberdade era aquele que a prendia ao homem que jur...