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CAPÍTULO XIII

Pancadas rítmicas acordaram Wangji . Ele abriu os olhos e viu o quarto de Wuxian  banhado pelo sol do meio-dia. Embora entrasse uma brisa pela janela aberta, estava bem quente, e ele transpirava.
Olhou em volta à procura do calção e enxergou, no chão, uma ponta delas sob a camisa rasgada de Wuxian .
Sem se conter, curvou os lábios num sorriso. A paixão vivida por ambos de noite tinha sido muito mais significativa pelo fato de terem estabelecido uma trégua.
Wangji  levantou-se e sentiu uma nova dor nas costelas. Riu, divertido, ao imaginar se o médico qualificaria de esforço fazer amor com arrebatamento.
Depois de se  vestir , saiu para o corredor e olhou para os dois lados. Não viu nada, mas as pancadas continuavam e soavam mais próximas.
- Que diabos será isso? - indagou-se ao ir em direção ao barulho.

Depois de percorrer o corredor e chegar à escada, descobriu a origem dele.
Wuxian , de costas e curvado, puxava uma enorme mala escada abaixo do sótão. Suas nádegas bem torneadas, sob a calça de verão, balançavam graciosamente cada vez que ele vencia mais um degrau. O seu progresso era barulhento, vagaroso e erótico demais para ser descrito.

- Está precisando de ajuda? - Wangji  perguntou ao se aproximar sem fazer barulho e com expressão matreira.
Gostaria de fazer algo mais do que ajudá-lo.

Assustado, ele virou-se depressa.
- Você quase me mata de susto, Wangji!- queixou-se.

Sorrindo, ele o puxou para mais perto e beijou-o.
- Por que não me acordou quando se levantou?

- Depois desta noite, achei melhor que você descansasse bastante. Deus sabe que não quero ser a causa da sua morte - gracejou ele.

Quando registraram as palavras, os dois ficaram sérios. Fez-se um silêncio embaraçoso, porém, Wangji  voltou a sorrir.
- Ambos precisamos deixar de ser tão sensíveis sobre tal assunto. O que você disse foi engraçado e não existe motivo algum que nos impeça de rir.

Meio sem graça, abraçaram-se.
- Foi sincero, Wangji ? Acha mesmo que não atirei em você?
- Se afirmou que foi numa cascavel, então, foi.
- E o deslizamento das pedras?
- Um capricho da natureza - Wangji  disse, beijando-o atrás da orelha.
- Mas você falou numa explosão e viu a sombra de uma pessoa fugindo. Achou que fosse eu.

- Ora, eu já tinha levado uma pancada na cabeça e não podia estar pensando direito. Aliás, não consigo fazer isso desde que o reencontrei.

Wuxian  sorriu-lhe. Era uma imagem dourada que o enternecia. Então, Wuxian riu alto e o som o envolveu como um manto mágico.
- Fico muito contente por você, finalmente, acreditar em mim. Mas eu ainda tenho a minha confissão para lhe fazer.
- Mais tarde. Temos todo o tempo do mundo à nossa disposição. Onde está Yanli?

- Na cozinha, com todos os ingredientes espalhados para fazer bolacha de gengibre.

- A minha preferida. Será que não temos um tempinho agora para uma outra coisa preferida minha? -
perguntou ele, apertando o corpo contra o de Wuxian de maneira sugestiva.

- Durante o dia? De jeito nenhum. Mas logo à noite, sim.
Wuxian sorriu e o beijou.

-Meu bem, que diabos você está querendo fazer com essa mala velha?

Wuxian  deu de ombros.
- Estou precisando de mais roupas. Aqui há várias peças e outras coisas que posso usar.

- Daquele tipo , que os alfas de tirar?

- Você é insaciável, Wangji .

- E espero continuar sendo - declarou ele, dando-lhe um tapinha nas nádegas. - Agora, me diga onde quer isto aqui e saia do caminho. Se eu tiver de ouvir mais pancadas, vou acabar com uma terrível dor de cabeça.

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